Enquanto o Brasil registra queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o Acre continua em atenção. O estado não apresenta crescimento recente na tendência de longo prazo, mas figura entre as 16 unidades da federação classificadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em situação de risco, alerta ou alto risco devido à circulação intensa de vírus respiratórios.
O boletim mais recente do InfoGripe, divulgado nesta semana, reforça que o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) permanece como o principal agente associado a casos de SRAG em crianças, mantendo os índices elevados no país. No Acre, a estabilidade das curvas não elimina a preocupação das autoridades de saúde, que monitoram a possibilidade de agravamento do cenário local.
No panorama nacional, os números indicam melhora: nas últimas seis semanas, houve queda consistente nas notificações de SRAG, tendência que também se repete no recorte das três semanas mais recentes. Apesar disso, o documento chama atenção para novos focos de hospitalização em alguns estados, como o aumento da Covid-19 no Ceará e no Rio de Janeiro e a intensificação dos casos de rinovírus na Bahia.
Desde janeiro, o Brasil acumula 150.615 registros de SRAG. Mais da metade (53,5%) tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório. Entre os casos positivos, o VSR responde por 46%, seguido da influenza A (25,7%), rinovírus (23,6%), Covid-19 (7%) e influenza B (1,1%).
O InfoGripe, estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS), é considerado referência para orientar medidas de prevenção e resposta em saúde pública. A última atualização corresponde ao período entre 27 de julho e 2 de agosto.