O Acre vive um momento de tensão ambiental que reflete as dificuldades históricas enfrentadas pelo estado no combate às queimadas e na gestão dos recursos naturais. Embora os índices de focos de incêndio tenham diminuído significativamente no acumulado do ano, o crescimento expressivo registrado em julho aponta para a necessidade de estratégias mais eficazes de prevenção e conscientização.
Nesta sexta-feira (25), dados da plataforma IQAir indicaram que Rio Branco apresenta um nível moderado de poluição do ar, com concentração de partículas finas (PM2,5) acima dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A capital acreana foi considerada a segunda cidade mais poluída do Brasil, segundo a plataforma.
Esse cenário, que afeta principalmente grupos vulneráveis como crianças e idosos, serve como um sinal para a ampliação das políticas públicas voltadas à qualidade ambiental e à saúde coletiva.
Além do impacto direto das queimadas, o estado convive com a intensificação da seca e o aumento das temperaturas, fatores que comprometem o equilíbrio ecológico e a disponibilidade hídrica. O baixo nível do Rio Acre, aliado a um período prolongado sem chuvas expressivas, desafia a gestão do abastecimento e coloca em evidência a necessidade de adaptação às mudanças climáticas.