Com o Rio Acre registrando níveis alarmantemente baixos, a Prefeitura de Rio Branco deu início às ações do Plano de Exaurimento Hídrico. A iniciativa é coordenada pela Defesa Civil Municipal, com apoio da Secretaria Municipal de Agropecuária, e tem como foco mitigar os impactos da seca e garantir o abastecimento de água potável a comunidades em situação de vulnerabilidade.
Nesta fase inicial, as equipes estão percorrendo todas as regiões historicamente dependentes de abastecimento emergencial, avaliando as necessidades e definindo rotas de atendimento.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, o cenário atual é preocupante. Ele afirma que neste início de julho o Rio Acre está com apenas 2 metros de profundidade, o que representa a terceira pior marca dos últimos 11 anos. De acordo com ele, apenas em 2016 e 2024 os níveis foram ainda mais baixos. A situação, segundo o coordenador, é mais grave que em 2023, mesmo com o recorde de apenas 1,25 metro naquele ano.
A operação deve beneficiar centenas de famílias nas zonas urbana e rural de Rio Branco, com a distribuição de água por meio de caminhões-pipa. As ações vão atender comunidades como Quixadá e Transacreana, além dos municípios vizinhos de Bujari e Porto Acre.
Falcão alertou ainda que a estiagem prolongada afeta diretamente o abastecimento, já que a queda no nível do rio provoca também o rebaixamento do lençol freático. Isso compromete o funcionamento de poços e represas, além de gerar impactos ambientais e sanitários.
Ele ressalta que o município está entrando no trimestre mais seco do ano, que compreende os meses de julho, agosto e setembro, com uma crise hídrica já instalada. Falcão destaca que o foco da operação é garantir água potável para quem mais precisa.
Além do fornecimento emergencial de água, a Defesa Civil também realiza monitoramento diário de dados climáticos, qualidade do ar e focos de queimadas.