Um dia após a Justiça Federal acatar pedido do Ministério Público Federal (MPF) para suspender o repasse de uma emenda parlamentar no valor de R$ 15,4 milhões, destinada às Santas Casas da Amazônia e de Rio Branco, o provedor da Santa Casa da Amazônia, ex-deputado federal José Alex, se manifestou publicamente sobre o caso. A decisão foi assinada pela juíza federal Luzia Farias da Silva Mendonça.
O MPF argumentou que a reativação do CNPJ da Santa Casa da Amazônia, localizada em Cruzeiro do Sul, teria como objetivo burlar a legislação trabalhista. Inicialmente, a Justiça havia negado o pedido de tutela antecipada, mas, segundo José Alex, após mudança na condução do processo, o Ministério Público reapresentou a solicitação, que foi então acolhida pela nova magistrada responsável.
“Cada instituição tem um CNPJ diferente. A Santa Casa de Rio Branco não participou desse processo. Nós explicamos tudo, inclusive com documentação. No início, o pedido do MPF foi negado. Depois, mudou o juiz, o MPF reapresentou a arguição e não divulgou que o primeiro pedido já havia sido indeferido”, afirmou Alex.
José Alex também avaliou que a decisão judicial e sua repercussão na imprensa têm motivação política, com o objetivo de prejudicar a imagem do senador Márcio Bittar (UB), autor da emenda e possível pré-candidato à reeleição em 2026.
“Estão usando a política de forma mesquinha e irresponsável. O senador Márcio Bittar é uma pessoa que tem trabalhado pelo Acre, que fez pela Santa Casa o que ninguém fez. Graças a ele, temos equipamentos para 10 leitos de UTI infantil e nove salas cirúrgicas”, declarou.
Ainda segundo o provedor, ele não tem interesse político e sua atuação está voltada exclusivamente à gestão da instituição. “Não sou candidato a nada. Sou candidato a cuidar de uma instituição centenária que ajuda as pessoas. Se há ciúmes ou inveja, que procurem trabalhar e fazer melhor do que a gente tem feito. Lamento a covardia e o uso político de uma entidade séria como a Santa Casa”, criticou.
Ao final, José Alex apontou que a disputa eleitoral está por trás da polêmica. “Teremos duas vagas para o Senado. Uma deve ser do governador, se ele for candidato. A outra será disputada, e o senador Márcio Bittar é, hoje, o nome mais bem colocado. Então, qual é a intenção? Manchar sua imagem e o trabalho que ele vem fazendo. É lamentável esse tipo de mesquinharia.”