Com objetivo de difundir a cultura popular nordestina e promover a formação musical em ritmos tradicionais afro-brasileiros, o grupo Maracatu Pé Rachado realiza, entre os dias 22 e 27 de julho, a terceira edição do projeto Maracatu: Aproximando Baques. A atividade foi aprovada no Edital de Formação da Fundação de Cultura Garibaldi Brasil e conta com apoio da Política Nacional Aldir Blanc.
As oficinas são gratuitas e acontecem no espaço cultural O Casarão, localizado na Avenida Brasil, no centro de Rio Branco. Os encontros serão realizados nos dias 23, 24, 26 e 27, sempre das 18h30 às 20h30.
O projeto contará com a presença de dois convidados especiais: o ogã e batuqueiro Rumenig Dantas, e a yawo e batuqueira Lany Moura, ambos integrantes da tradicional Nação do Maracatu Porto Rico, de Recife (PE). Eles serão os responsáveis por ministrar as oficinas voltadas ao ensino dos instrumentos que compõem o Maracatu Nação — também conhecido como Maracatu de Baque Virado — entre eles a alfaia (tambor), o agbê (instrumento de percussão feito com cabaça e contas), a caixinha (caixa de guerra) e o gonguê (tipo de sino metálico).
Para quem não conhece, o Maracatu Nação é uma manifestação cultural afro-brasileira que surgiu em Pernambuco ainda no período colonial, com forte influência das tradições religiosas e musicais africanas trazidas por povos escravizados. O ritmo é marcado pela potência dos tambores e pelo cortejo real simbólico, que remete à coroação de reis e rainhas do Congo.
Segundo os organizadores, todas as vagas já foram preenchidas. No entanto, pessoas que possuam instrumentos próprios ainda podem solicitar inscrição, desde que haja disponibilidade. Interessados devem entrar em contato pelo número (68) 99980-4325.
A equipe do Maracatu Pé Rachado também recomenda para que cada participante leve sua própria garrafa de água, já que a atividade exige esforço físico.