Após uma minuciosa investigação conduzida pelo Núcleo Especializado de Investigação Criminal (NEIC) da Polícia Civil do Acre, na última segunda-feira, 28, foi preso no Peru o foragido Bruno de Souza Costa, conhecido pelos vulgos “Gel”, “Marrone”, “K”, “2K” e “Baruque”. A ação é resultado da cooperação entre as autoridades brasileiras e a Polícia Nacional do Peru, que, munida das informações repassadas pela equipe acreana, realizou o cerco e efetuou a prisão.
Bruno figurava na lista da Difusão Vermelha da Interpol, um alerta internacional que permite a localização e captura imediata de criminosos procurados em qualquer parte do mundo. A inclusão do nome do criminoso no sistema foi fundamental para viabilizar a atuação das autoridades peruanas, que localizaram e detiveram o foragido em território estrangeiro.
Segundo as investigações, Bruno exercia o mais alto posto de liderança dentro da facção no Estado do Acre, sendo considerado o “01” da organização criminosa. Mesmo residindo fora do país, ele coordenava de forma remota toda a estrutura criminosa local, incluindo a execução de rivais, sequestros, o tráfico de drogas e armas, além de impor o controle interno da facção por meio de torturas e homicídios brutais.
O criminoso é investigado por envolvimento direto em uma série de assassinatos com requintes de crueldade, além de ordenar punições físicas e execuções de membros considerados “infratores” pelas regras da facção. As provas reunidas até o momento demonstram o seu papel de comando e a influência que mantinha sobre os demais integrantes, mesmo do exterior.
Com a prisão efetivada, as autoridades brasileiras deram início às tratativas para a extradição de Bruno ao Brasil, onde deverá responder por uma série de crimes graves. A Polícia Civil atua, neste momento, em articulação com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPAC), Polícia Federal e Ministério da Justiça, com o objetivo de garantir que o processo de extradição ocorra com celeridade e eficiência.
Ascom Polícia Civil