Trabalhadores de aplicativo que atuam sobre duas rodas vão realizar, nesta segunda-feira, 21, um ato em Rio Branco para chamar a atenção da sociedade e das autoridades para os riscos causados pelo uso de linhas de pipa, especialmente com cerol ou linha chilena. A mobilização ocorre após dois acidentes graves registrados recentemente no Acre: uma mulher morreu parcialmente degolada por uma linha de pipa em Cruzeiro do Sul, no último sábado, 19, e um homem teve o pescoço cortado em Epitaciolândia, na quarta-feira, 16.
O protesto é organizado pela União dos Motoristas de Aplicativos do Estado do Acre. Segundo Paulo Farias, presidente da entidade e motoboy, a categoria defende a proibição da prática, mesmo em locais destinados a soltar pipas.
“Somos contra soltar pipa em todos os ambientes, porque mesmo em áreas distantes, essa pipa viaja para longe, pode cair num local diferente e a linha cortar o pescoço de uma pessoa, se prende a fios, causa curto-circuitos. É como uma arma”, afirmou.
A concentração dos trabalhadores ocorrerá às 11h, na sede da União dos Motoristas de Aplicativos do Estado do Acre, localizada na rua Montreal, bairro Esperança 2. De lá, os participantes sairão em motociata pelas ruas da cidade, com paradas em frente ao Palácio do Governo e à Assembleia Legislativa do Acre.
Apesar da mobilização, a organização informou que não há previsão de interdições no trânsito.