Mais de 5,6 mil famílias deixaram o programa Bolsa Família no Acre durante o mês de julho. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), o desligamento ocorreu principalmente por conta do aumento na renda dos beneficiários, seja por meio da formalização no mercado de trabalho ou por ganhos em atividades próprias.
Os dados integram o balanço nacional divulgado pelo governo federal, que aponta a saída de 958 mil famílias do programa em todo o país apenas neste mês. No caso do Acre, grande parte dos desligamentos envolve famílias que estavam na chamada Regra de Proteção — mecanismo que permite a permanência temporária no programa mesmo após aumento da renda. Dessas, 3.108 concluíram o período de dois anos recebendo o benefício de forma parcial e foram excluídas definitivamente. Outras 2.526 superaram o limite de meio salário mínimo por pessoa e deixaram de se enquadrar nos critérios de elegibilidade.
Apesar da redução, o estado ainda conta com 128.042 famílias ativas no programa. O repasse federal destinado ao Acre em julho soma R$ 92,2 milhões, com valor médio de R$ 720,85 por núcleo familiar — a terceira maior média do país, atrás apenas de Roraima e Amazonas. Entre os municípios acreanos, destacam-se Santa Rosa do Purus e Jordão, que apresentam as maiores médias de pagamento: R$ 897 e R$ 874, respectivamente.
O calendário de pagamentos do mês teve início nesta sexta-feira (18) e segue até o dia 31, conforme o Número de Identificação Social (NIS). Além do benefício principal, continuam sendo pagos os valores adicionais para crianças de 0 a 6 anos, gestantes, nutrizes e adolescentes entre 7 e 18 anos.
Na Região Norte, onde o Acre está inserido, o Bolsa Família atende 2,5 milhões de famílias neste mês, com investimento federal superior a R$ 1,8 bilhão.