Um caso grave de violência familiar e tentativa de roubo foi registrado entre a noite de sábado, 12, e a madrugada de domingo, 13, no km 20 do Ramal da Cachoeira, situado no km 55 da Estrada AC-90 (Transacreana), na zona rural de Rio Branco. Wesley da Silva Barbosa, de 22 anos, foi preso após manter os próprios pais em cárcere privado com o objetivo de roubar o gado da família.
De acordo com informações apuradas, o crime foi descoberto por um operador de segurança pública, amigo da família, que passava pela propriedade e estranhou a movimentação no local. Ao reconhecer Wesley e lembrar do histórico de conflitos entre ele e o pai, o agente decidiu investigar a situação.
Durante a averiguação, o policial abordou os motoristas de dois caminhões boiadeiros que estavam estacionados na propriedade. Um dos condutores revelou que Wesley havia contratado o frete para transportar os animais. No momento em que foi questionado pelo policial, Wesley reagiu com tiros, iniciando uma intensa troca de disparos. Ele estava acompanhado de pelo menos cinco comparsas.
O agente conseguiu se proteger atrás de um tronco e revidou a injusta agressão. Enquanto o grupo criminoso fugiu em um veículo modelo Siena de cor prata, Wesley foi capturado ainda no local. Pouco depois, uma guarnição do 1º Batalhão da Polícia Militar, que patrulhava a região, chegou ao local após ouvir os disparos e prestou apoio na ação.
Equipes do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e da Polícia Ambiental realizaram buscas nas redondezas, mas até o momento os demais suspeitos não foram localizados.
Wesley foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), junto com os dois caminhões boiadeiros que seriam utilizados no transporte do gado. Os motoristas dos veículos também foram levados para prestar esclarecimentos. Em depoimento à imprensa, sob anonimato, eles afirmaram não saber que se tratava de uma ação criminosa e disseram ter sido contratados apenas para realizar o frete, como é comum na região.
A Polícia Civil confirmou que os pais de Wesley ficaram em cárcere desde a noite de sábado. O suspeito estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas o equipamento havia sido rompido há cerca de dois meses.
O caso segue em investigação, e Wesley permanece preso, à disposição da Justiça. As autoridades agora trabalham para identificar e capturar os outros envolvidos no crime.