A obtenção de um vídeo exclusivo na terça-feira (29) que trouxe a tona denúncias antigas: guaritas desativadas estariam entre os pontos usados por detentos em ao menos duas fugas recentes no Complexo Penitenciário de Rio Branco, que abriga o Presídio Antônio Amaro, de segurança máxima, e o Francisco de Oliveira Conde.
As imagens mostram duas torres localizadas no lado esquerdo de quem entra pelo portão principal do complexo, próximo à área conhecida como “Fazendinha”. Uma delas está sem a escada de acesso há mais de um ano — segundo informações, a estrutura metálica quebrou e foi retirada, sem substituição até hoje. A segunda, mesmo com uma escada improvisada, também não está ativa. Coincidência ou não, foi justamente por essa região que nove presos escaparam em junho e outros cinco no episódio mais recente. Parte deles segue foragida.
Atualmente, o complexo conta com 11 guaritas. De acordo com denúncias de policiais penais, apenas três estão em funcionamento. O repórter cinematográfico Madson Oliveira flagrou movimentação apenas na primeira torre do Presídio Antônio Amaro. Em outras, nem mesmo janelas restaram. Durante a noite, o cenário é ainda mais crítico: falta iluminação, e a escuridão inviabiliza qualquer monitoramento visual da área externa.
Além da vulnerabilidade estrutural, os servidores denunciam o déficit de pessoal. Há anos, a categoria pede reforço no efetivo. A situação deve se agravar com a saída de 102 policiais penais provisórios. O número de efetivos a serem chamados não deve ultrapassar 80.
As denúncias sobre a falta de vigilância e a precariedade das guaritas já foram encaminhadas ao Ministério Público, mas até agora não houve resposta oficial. Enquanto isso, o clima é de insegurança tanto dentro quanto fora dos muros.
Com informações agazeta.net