terça-feira, 15 julho 2025

Falso pastor acusado de matar esposa a golpes de facão vira réu por feminicídio

Redação Folha do Acre

O falso pastor Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, virou réu pelos crimes de feminicídio e duas tentativas de homicídio qualificado. Ele é acusado de matar a golpes de facão a esposa Auriscléia Lima do Nascimento, 25 anos, em 11 de junho na Comunidade Campo Alegre, zona rural de Capixaba.

A denúncia foi recebida no dia 11 de junho pela Vara Única Criminal da comarca de Capixaba. Conforme o processo, Natalino ainda não apontou advogado.

Natalino foi preso no dia 14 de junho em uma área de mata da Reserva Legal Promissão, dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex), no município onde ocorreu o crime, após ficar foragido durante quatro dias.

No dia 15, a Justiça acreana decretou a prisão preventiva do suspeito por conta da reincidência criminosa, pois ele já havia sido condenado duas vezes, inclusive por um homicídio no bairro Palheiral, em 2011. Ao alcançar a progressão de regime, Natalino desrespeitou as medidas cautelares e era considerado foragido.

O Ministério Público Estadual (MP-AC) ofereceu denúncia por feminicídio qualificado, agravado por artigos da Lei Maria da Penha, tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra vítima vulnerável, além de tentativa de homicídio simples.

Além de matar a esposa, conforme a acusação, Natalino também feriu o filho da vítima, que ele criava como filho, e o próprio cunhado.

“Pelas informações que a gente coletou, exame de corpo delito, por tudo isso, eu indiciei ele também pela dupla tentativa de homicídio contra o filho dele e o cunhado”, explicou o delegado Aldízio Neto, responsável pelas investigações.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Natalino já foi condenado a 35 anos de prisão por matar um homem no bairro Palheiral, em 2011, na capital acreana, sendo que, ao alcançar a progressão de regime, o detento desrespeitou as medidas cautelares e era considerado foragido.

As penas foram unificadas e voltaram a ser cumpridas em regime fechado após a prisão. Por conta do crime cometido em Capixaba, o homem deve ser condenado a uma nova pena caso seja comprovada a autoria dos crimes. Ele segue preso aguardando julgamento.

Informações G1

 

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