Em entrevista concedida na noite desta terça-feira, 29, no espaço da Folha do Acre durante a Expoacre 2025, o deputado federal Roberto Duarte (Republicanos) reafirmou sua postura de oposição, comentou sua atuação no Congresso Nacional, a entrada da ex-deputada Mara Rocha em seu partido e os rumos da política nacional. Ao final da conversa, Duarte sintetizou sua posição com uma frase: “Entre Bolsonaro e Lula, sou Brasil. Entre direita e esquerda, sou do Acre.”
Recebido pela jornalista Gina Menezes, Duarte foi lembrado pela trajetória política iniciada como vereador. “A gente foi vereador aqui no município de Rio Branco, fui deputado estadual e agora estou deputado federal”, disse. “É uma oportunidade de conhecer o verdadeiro poder do país que está ali dentro do Congresso Nacional.”
Duarte destacou a importância da atuação parlamentar voltada para causas sociais, como a aprovação de seu projeto que reconhece a fibromialgia como deficiência, agora transformado em lei. “Sempre a gente levando as pautas que mais são necessárias aqui para a Assembleia Legislativa e de agora lá na Câmara Federal”, afirmou.
Ao ser questionado sobre sua postura crítica ao governo estadual, o parlamentar respondeu com naturalidade. “Para mim é muito tranquilo, porque eu nunca estive do lado do governo. Eu fui vereador e fui oposição. Fui deputado estadual e fui oposição. Sou deputado federal e sou oposição.”
Duarte também fez críticas à permanência de duas famílias no comando do Acre nas últimas décadas. “Nós estamos há 30 anos com duas famílias no poder do Acre. Vamos fazer 32 anos em 2026, que são os Cameli e os Viana. E o que nós temos nesse tempo? Mais de 100 mil acreanos já foram embora do Estado por falta de oportunidade.”
Sobre a chegada de Mara Rocha ao Republicanos, o deputado avaliou positivamente. “Fizemos a filiação dela num ato simbólico em Brasília com o presidente nacional do partido, o deputado federal Marcos Pereira, e o senador Alan Rick. Vamos fazer uma festa grande aqui em Rio Branco.”
No campo nacional, Duarte comentou a decisão do STF que impôs tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não há fundamento legal, jurídico para isso. Isso acaba vitimizando ele ainda mais e acalorando ainda mais aquela população que tanto defende ele”, criticou.
Apesar disso, o deputado anunciou apoio a outro nome para 2026: “Hoje eu tenho um candidato a presidente da República, que não é o Bolsonaro por estar inelegível. É o Tarcísio [de Freitas], que se Deus quiser vai aceitar esse desafio.”
A entrevista foi encerrada com um agradecimento à equipe do veículo e uma mensagem direta aos eleitores: “Entre Bolsonaro e Lula, sou Brasil. Entre direita e esquerda, sou do Acre. Isso que eu vejo que vai desenvolver o nosso país hoje. Nós temos que lutar pelo nosso povo.”