“Acho que depois de Eva, foi a segunda mulher a abandonar o paraíso. Eva por amor, e ela, não sei por qual razão”, foi o comentário do ex-ministro Aldo Rebelo, ao comentar sobre o distanciamento da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em relação à sua terra natal, durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, 25, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Segundo ele, há uma contradição entre o discurso ambientalista de Marina e sua trajetória política. “Ela diz que o Acre é o paraíso, mas preferiu viver em São Paulo, convivendo com a elite. Se aqui é o paraíso, por que não ficou?”, questionou.
Rebelo também criticou duramente a atuação da ministra frente às políticas ambientais para a Amazônia. De acordo com ele, há incoerência na condução dos recursos do Fundo Amazônico, que, segundo afirma, não prioriza ações básicas de saneamento.
“O fundo amazônico não financia a construção de aterros sanitários. O lixo é jogado nos rios, e isso não parece preocupar quem diz defender o meio ambiente. Financia ONG, mas não resolve o básico”, destacou Rebelo.
Para o ex-ministro, Marina Silva idealiza uma Amazônia distante da realidade vivida pela população local. “Na Amazônia estão os piores indicadores sociais do Brasil. Mortes infantis, analfabetismo, falta de saneamento. Paraíso pra quem?”, indagou.
Rebelo finalizou sua crítica afirmando que, nas cidades com maior presença indígena, os indicadores sociais são ainda mais graves, o que, para ele, revela a ausência de políticas públicas eficazes.
“Esses que dizem proteger, muitas vezes protegem apenas seus próprios interesses. A Amazônia precisa de soluções concretas, não de discursos distantes da realidade”, afirmou o ex-ministro.