Mesmo com o fim da emergência sanitária decretado há mais de dois anos, em 5 de maio de 2023, as notificações de Covid-19 ainda persistem no Acre. O estado enfrenta uma nova fase da doença, marcada pela alta circulação da variante Ômicron JN.1 e pela baixa cobertura vacinal em alguns grupos — especialmente entre crianças pequenas.
De acordo com a última atualização do boletim Covid-19, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), já são 3.482 casos confirmados e 21 mortes somente neste ano de 2025, até a semana epidemiológica 27 (encerrada em 7 de julho). Desde o início da pandemia, o Acre acumula 429.085 notificações, das quais 174.850 foram confirmadas.
A variante Ômicron JN.1 representa 70% dos genomas sequenciados no estado, o que reforça o alerta das autoridades para o risco de novas ondas. Os dados mostram que 62,4% dos infectados são mulheres, e a faixa etária mais atingida é a de 40 a 49 anos.
Entre os óbitos registrados em 2025, 68% ocorreram em pessoas com mais de 60 anos, sendo que a maioria (65,3%) apresentava alguma comorbidade. Bujari lidera a taxa de letalidade, com 7,5%, e também a de mortalidade proporcional, com 28,8 mortes por 100 mil habitantes. Já Rio Branco concentra o maior número absoluto de casos (1.542) e mortes (7) no ano.
Vacinação segue abaixo do ideal
Apesar do esforço das autoridades de saúde, a vacinação ainda é um desafio. Apenas 11,08% das crianças entre 6 meses e 4 anos receberam a segunda dose da vacina. Entre os adultos, a cobertura atinge 86,81% para a primeira dose, mas cai para 66,85% quando se trata da terceira dose (reforço) — o que preocupa diante da persistência do vírus.
Além disso, Acrelândia se destaca como o município com a maior incidência de casos neste ano: 1.284,7 infecções por 100 mil habitantes. No cenário nacional, as sublinhagens da Ômicron — como a JN.1.1 e a XDR — também têm se espalhado rapidamente, mantendo a necessidade de cuidados básicos, como higienização frequente das mãos, uso de máscara em locais fechados e, principalmente, manutenção da carteira de vacinação atualizada.
Apesar da queda nos casos graves em comparação com os anos críticos da pandemia, o boletim reforça que o vírus ainda representa risco — especialmente para pessoas idosas ou com doenças preexistentes.
Informações A Gazeta do Acre