Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 15, na sede da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), o delegado Dr. Alcino Ferreira Júnior e o coronel Assis dos Santos, do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), anunciaram a captura de Diego Luiz Góis Passos, principal suspeito de atropelar e matar a advogada Juliana Chaar no último dia 21 de junho, em Rio Branco.
As autoridades revelaram que o suspeito foi localizado na zona rural do município de Bujari, nas proximidades da comunidade do Antimary, após uma operação que contou com trabalho de inteligência e levantamento de informações. Durante a coletiva, o coronel Assis enfatizou que Diego estava em boas condições de saúde e físicas, o que reforça a tese de que ele contou com apoio externo para se manter foragido.
“Havia apoio externo, isso é fato. Havia alguém na área externa apoiando ele, dando suporte para isso. Ele está em perfeitas condições de saúde, está tranquilo, então havia apoio, e isso vai ser investigado. Vamos identificar quem deu suporte para ele durante a fuga”, afirmou o coronel.
O delegado Alcino destacou que qualquer tipo de auxílio, seja material ou pessoal, configura crime e que todos os envolvidos serão responsabilizados. “Quem esconde foragido, quem auxilia alguém a se furtar da Justiça, comete crime. Todos os que prestaram esse tipo de ajuda também serão investigados”, frisou o delegado.
Outro ponto relevante abordado pelas autoridades é a ausência do veículo envolvido no crime. Segundo o delegado, a não localização do carro dificulta a produção de provas periciais essenciais para a investigação. Ele pediu colaboração da defesa do suspeito para entregar o automóvel, reforçando que a análise do veículo pode ser benéfica tanto para a acusação quanto para a defesa.
“Espero que agora haja uma postura mais colaborativa. Eu, se fosse o advogado dele, entregaria o veículo. A perícia é um meio de prova importante, e essa produção de prova não é para a polícia, é para o processo judicial. Se houve ou não um disparo de arma de fogo no veículo, isso será analisado tecnicamente. Mas o carro precisa ser periciado”, explicou Alcino.