O presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac) e prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, esclareceu nesta semana que o consórcio voltado ao saneamento básico no Acre — que visa atender os 22 municípios do estado — não está paralisado, como chegou a ser mencionado por outras lideranças políticas.
Segundo Bocalom, o projeto foi ampliado e agora contará com o Governo do Estado na coordenação, passando a englobar não apenas resíduos sólidos, mas também esgotamento sanitário e abastecimento de água.
“Batemos o martelo na última reunião dos prefeitos: quem vai tomar conta disso daqui agora é o governo do Estado”, afirmou Bocalom, explicando que a mudança foi aprovada por consenso entre os gestores municipais. “O projeto será ampliado e agora o governo nos ajudará com isso, estando à frente”, completou.
O novo modelo institucional está sendo formalizado com a assinatura de documento pelo secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, confirmando a entrada oficial do Governo do Acre no consórcio. “Já temos uma ata pronta para ser assinada pelo coronel Ricardo, onde mostra que o Estado está participando do processo. Agora será água, esgoto e lixo. Não vai ficar só no lixo, gastando milhões de reais. Afinal, no futuro, saberemos que alguém teria de pagar essa conta”, pontuou Bocalom.
A decisão de reformular a proposta e envolver o governo estadual se baseia na necessidade de uma abordagem mais ampla e eficiente para resolver os desafios históricos do saneamento no Acre. A medida também visa evitar que municípios assumam sozinhos compromissos financeiros de alto custo, sem o suporte técnico e institucional necessário.
Em relação a críticas que sugeriram motivações políticas, o prefeito de Rio Branco negou qualquer disputa por protagonismo. “Não estamos aqui para disputar protagonismo. Estamos aqui para resolver os problemas dos municípios. Por isso o Estado está assumindo a frente agora, junto com todos nós. Não quero estar à frente e isso por si só já é prova disso: quero o problema resolvido”, declarou.
Nos próximos dias, a nova estrutura do consórcio deve ser oficializada. Com apoio da Amac e sob coordenação do Estado, a expectativa é de que os municípios tenham mais segurança institucional, capacidade técnica e acesso a recursos federais para desenvolver projetos de saneamento estruturantes e sustentáveis.
Com informações A Gazeta do Acre