quinta-feira, 31 julho 2025

Acre tem uma das menores taxas de roubo e furto de celulares da região Norte em 2024

Por Aikon Vitor, da Folha do Acre

Apesar de integrar uma das regiões mais afetadas por crimes patrimoniais, o Acre registrou em 2024 uma das menores taxas de roubo e furto de celulares entre os estados do Norte. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o estado computou 3.286 ocorrências, o que representa uma taxa de 373,1 por 100 mil habitantes.

O índice, embora ainda elevado em termos nacionais, é significativamente menor do que os registrados no Amazonas e em Rondônia. O Amazonas, por exemplo, lidera o ranking nacional, com 35.607 ocorrências e uma taxa de 831,7 por 100 mil habitantes — mais que o dobro do registrado no Acre. Rondônia também apresenta índice expressivo, com 12.488 casos e taxa de 657,3.

O Pará aparece com 61.727 registros, totalizando 709,4 por 100 mil habitantes, enquanto o Amapá computou 5.646 ocorrências (taxa de 578,9). Roraima, por sua vez, registrou 2.393 casos, resultando em taxa de 366,2 — a única inferior à do Acre na região.

Os dados sugerem que, mesmo com limitações estruturais nas forças de segurança, o Acre conseguiu manter um controle relativo sobre esse tipo de crime em comparação com seus vizinhos. Especialistas apontam que fatores como geografia, densidade populacional e ações locais de policiamento comunitário podem ter contribuído para os números menos alarmantes.

No entanto, o cenário regional ainda inspira atenção. Todos os sete estados do Norte estão acima da média nacional no número de ocorrências proporcionais, o que indica uma prevalência preocupante desses crimes na região. A tendência nacional aponta para uma redução geral nos furtos e roubos de celulares, impulsionada por uma mudança no perfil dos crimes patrimoniais, cada vez mais voltados para o estelionato e golpes virtuais.

O relatório do CLP reforça que o combate aos crimes digitais se tornou prioridade, mas alerta para a necessidade de continuar investindo em segurança urbana e tecnologia de rastreamento de dispositivos, principalmente nas regiões mais vulneráveis.

 

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