O Acre registrou o pior desempenho do país em proficiência em inglês em 2024, segundo o estudo EF EPI (English Proficiency Index), elaborado pela organização internacional EF Education First. Com 443 pontos, o estado ficou não apenas na última posição no ranking nacional, como também foi o único da Região Norte classificado na faixa de “muito baixa proficiência”.
Entre os estados do Norte, o Acre ficou atrás de todos os vizinhos. Roraima foi o melhor colocado da região, com 487 pontos, seguido pelo Pará (464), Rondônia e Tocantins (ambos com 458), Amazonas (455) e Amapá (445). Ainda que o Amapá também tenha sido classificado com proficiência muito baixa, sua pontuação foi ligeiramente superior à do Acre. Todos os demais estados nortistas ficaram na categoria de baixa proficiência.
A média nacional brasileira foi de 466 pontos, já abaixo da média global de 477. Enquanto estados do Sul e Sudeste como Santa Catarina (535), Distrito Federal (532) e Minas Gerais (519) apresentam níveis moderados de proficiência, o Acre enfrenta obstáculos históricos. A combinação de baixo investimento, escassez de professores especializados, dificuldade de acesso a cursos de idiomas e limitações tecnológicas contribui para o resultado preocupante.
A baixa proficiência em inglês pode afetar diretamente o acesso da população a oportunidades de estudo, trabalho e informação, além de limitar a inserção do estado em redes acadêmicas e profissionais globais.