O Acre manteve, no mês de junho, as mesmas áreas afetadas por seca registradas no mês anterior, segundo dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O estado continua apresentando regiões com seca fraca (S0) e seca moderada (S1), com impactos classificados como de curto prazo no leste e de curto e longo prazo no oeste.
Com isso, 36,27% do território acreano não apresentou registro de seca, enquanto 63,73% foram classificados com algum nível de estiagem. Do total, 19,73% estão sob seca moderada (S1). Não houve registro de seca grave (S2), extrema (S3) ou excepcional (S4) no estado.
O cenário contrasta com o de outros estados da Região Norte, onde a estiagem apresentou avanços e recuos significativos em diferentes áreas. No Amazonas, por exemplo, houve recuo da seca fraca no noroeste, norte e centro-oeste, e também da seca moderada no norte, em função das chuvas acima da média. Ainda assim, o sul amazonense registrou avanço da seca fraca (S0), com impactos de curto e longo prazo em algumas regiões.
Em Rondônia, a estiagem recuou no norte do estado, especialmente na divisa com o Mato Grosso, enquanto no Amapá a situação permaneceu estável, sem registros de seca relativa.
Já o Tocantins apresentou piora nos indicadores. Houve avanço da seca moderada (S1) no centro e leste do estado, além do surgimento de áreas com seca fraca (S0) no noroeste, próximo à divisa com o Pará. Por outro lado, o sul do estado teve leve melhora, com recuo da estiagem, graças às chuvas acima da média nos últimos meses.
O Pará também registrou avanço da seca fraca no leste, enquanto o norte de Rondônia e o oeste do Amazonas apresentaram melhora.
No Acre, embora a área atingida pela seca tenha se mantido estável, os impactos seguem sendo acompanhados com atenção. A manutenção das condições de estiagem no oeste do estado — onde os efeitos são de curto e longo prazo — indica que a região continua vulnerável à redução de vazão dos rios, prejuízos na agricultura e dificuldades no abastecimento de água.