A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) mantém em investigação quatro casos suspeitos de sarampo, conforme boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (16). Os pacientes são residentes nos municípios de Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Feijó e Sena Madureira, e tiveram amostras biológicas encaminhadas para análise laboratorial no Lacen-Acre.
De acordo com Renata Meirelles, coordenadora do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis da Sesacre, o estado registrou 13 notificações de sarampo em 2025, sendo que 7 casos já foram descartados (incluindo um paciente boliviano atendido em Rio Branco); 4 permanecem em investigação e 2 aguardam classificação final.
“Todas as amostras coletadas seguem protocolos rigorosos de análise, incluindo exames de sangue, swab e urina, para confirmar ou descartar a doença”, explicou Meirelles. A Sesacre reforça a importância da vacinação como principal medida preventiva contra o sarampo, especialmente em regiões de fronteira. Equipes de vigilância epidemiológica seguem em alerta para possíveis novos casos.
Renata destacou ainda que a identificação de casos suspeitos faz parte do funcionamento adequado da rede de saúde. “A suspeição de casos é um processo normal, justamente porque mostra uma sensibilidade dos profissionais de saúde nos municípios e nas unidades de atendimento. Isso indica que esses profissionais estão atentos e preparados para conduzir corretamente situações suspeitas ou confirmadas da doença.”
A intensificação da vigilância ocorre em meio a um surto da doença registrado na Bolívia, país que faz fronteira com o Acre. Apesar de não registrar casos confirmados de sarampo desde o ano 2000, o estado está em alerta devido à alta transmissibilidade do vírus e à vulnerabilidade das regiões de fronteira.
Como parte da estratégia de prevenção, a Sesacre, em parceria com o Ministério da Saúde, tem reforçado a vacinação em todo o estado. A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde. Crianças, jovens e adultos devem manter o esquema vacinal atualizado, conforme as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Informações O Alto Acre