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TRE do Acre celebra 50 anos de história e compromisso com a democracia

Na manhã desta quarta-feira, 25, a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) foi palco de uma sessão solene em homenagem aos 50 anos de instalação do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC). A cerimônia reuniu autoridades representantes de instituições parceiras e membros da sociedade civil para celebrar o Jubileu de Ouro da Corte Eleitoral, que tem desempenhado papel central na consolidação da democracia no estado.

O presidente do TRE-AC, desembargador Junior Alberto, destacou a trajetória da instituição desde sua instalação, em 11 de agosto de 1975, até os dias atuais. “Começamos com estrutura modesta, em uma sala do Tribunal de Justiça, e hoje estamos presentes nos 22 municípios do Acre, atuando com modernidade e compromisso democrático”, afirmou.

A sessão foi marcada por discursos que relembraram desafios enfrentados pela Justiça Eleitoral ao longo das décadas e enalteceram o papel do Tribunal na promoção da cidadania, sobretudo em comunidades isoladas e povos indígenas.

Representando a Defensoria Pública do Estado, Celso Rodrigues destacou a atuação conjunta com o TRE nos últimos anos. “Levamos ações sociais às aldeias, como a Puyanawa, em Mâncio Lima, e a comunidades em Feijó. A Justiça Eleitoral saiu dos gabinetes e foi até o povo. Isso fortalece a democracia”, destacou.

O procurador-geral do Estado, Gerson-Ney Vilela, reforçou a importância da credibilidade construída pela Corte. “O TRE é mais do que o organizador de eleições. É guardião da vontade popular e promotor da inclusão democrática, mesmo em tempos de desinformação e ataques às instituições”, disse.

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, compartilhou memórias pessoais e destacou o avanço da Justiça Eleitoral desde sua primeira eleição como prefeito de Acrelândia, em 1992. “Naquele tempo, o juiz eleitoral demorou horas para chegar à diplomação por causa das condições das estradas. Hoje, vemos o TRE indo até os povos indígenas, garantindo a todos o direito de escolher seus representantes”, salientou.

Rodrigo Aiache, presidente da OAB Seccional Acre, relembrou que a história da Justiça Eleitoral no estado antecede a fundação do TRE, remontando a 1932, com juízes já atuando na organização dos pleitos. “A Justiça Eleitoral sempre foi sinônimo de luta e resistência democrática, mesmo em lugares mais isolados do Acre”, destacou.

O representante do Ministério Público Estadual, Carlos Maia, reforçou a confiança no sistema eletrônico de votação. “A urna eletrônica é símbolo de inovação e garantiu que até os locais mais remotos tivessem acesso ao voto com segurança e agilidade”.

O presidente do TRE-AC também destacou os avanços institucionais, como a inauguração da nova sede em 2021, os investimentos em sustentabilidade e o fortalecimento de parcerias com órgãos como o Ministério Público, as Forças Armadas, a Polícia Rodoviária Federal e a Prefeitura de Rio Branco. Ele também mencionou o alto índice de aprovação da Justiça Eleitoral no estado.

“87% dos eleitores acreanos avaliam positivamente nosso trabalho. Esse dado é reflexo do esforço de todos que constroem diariamente esta instituição”, disse Alberto.

Junior Alberto fez questão de reconhecer o trabalho coletivo que sustenta o funcionamento da Justiça Eleitoral no Acre. “Esses homens e mulheres são o alicerce da nossa missão constitucional. Sem eles, não teríamos chegado até aqui”, concluiu.a

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