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Tanízio cobra ação do governo em defesa de produtores rurais: ‘Não dá mais para ver pai de família chorando’

Durante sessão realizada na manhã desta terça-feira, 10, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Tanízio Sá fez críticas à condução de processos relacionados a produtores rurais e à demora na implementação de uma lei aprovada que, segundo ele, visa garantir direitos aos trabalhadores do campo. O parlamentar também destacou a situação crítica de famílias que estão tendo bens confiscados e cobrou mais celeridade do governo e das instituições responsáveis.

Segundo Tanízio, a situação vivida por muitos produtores é grave e injusta. “Enquanto os caras estão há 40 anos lá, sendo jogados fora, tirando até o gado do rapaz, está sendo confiscado pelo Estado, pela União, e vai ser vendido. Você vê o cara chorando, que tem filha na faculdade, vende 60 litros de leite por dia. Nós temos que mudar essa situação no nosso Estado”, desabafou.

O deputado também abordou a situação das reservas ambientais sobrepostas a áreas produtivas. “Eles não entraram na reserva não, a reserva que entrou dentro da terra deles. Essa reserva foi transcriada e já está lá dentro. É muito pesado ver esses pais de família nessa situação”, afirmou.

O parlamentar defendeu a apresentação de um Projeto de Decreto Legislativo para tentar suspender os efeitos de medidas que ele considera abusivas e pediu uma atuação mais firme do governo estadual. Ele também cobrou urgência na regulamentação da Lei nº 4.395, aprovada em 2024, que trata da regularização fundiária e segurança jurídica no campo.

“Estamos no sexto mês de 2025 e essa lei ainda não foi regulamentada. O governo precisa agir com pressa, porque os trabalhadores não aguentam mais esperar”, afirmou.

O deputado destacou que a lei pode beneficiar diretamente os trabalhadores rurais. “Existe forma de favorecer o povo acreano. Está na hora do governo fazer isso, porque não dá mais. A gente vê pai de família chorando, os filhos, as crianças. Isso não pode acontecer.”

Por fim, Tanízio Sá fez um alerta sobre a importância da produção agropecuária para o Acre. “Nossa maior produção aqui no Acre é o agronegócio, principalmente o gado. Parece que está tudo normal, mas daqui a pouco vai faltar a nossa maior produção. A madeira já está sendo acabada e agora querem fechar o ciclo do Acre. Como é que a gente vai ficar?”, questionou.

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