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Servidores do Acre anunciam indicativo de greve e dão prazo até julho para resposta do governo

O movimento reúne trabalhadores da educação, saúde, segurança pública, fazendários e servidores de autarquias e órgãos indiretos do Estado/Foto: Folha do Acre

Representantes de cerca de 30 sindicatos das categorias do serviço público estadual anunciaram, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 23, um indicativo de greve geral no Acre. O movimento, que já está em articulação desde 2023, reúne trabalhadores da educação, saúde, segurança pública, fazendários e servidores de autarquias e órgãos indiretos do Estado.

A mobilização está marcada para a próxima quarta-feira, 25. Caso o governo não apresente respostas concretas aos pleitos protocolados, as categorias devem deflagrar greve geral a partir de 2 de julho.

Entre as principais reivindicações estão a reposição das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, calculada em 20,39%, a atualização do auxílio-alimentação, atualmente no valor de R$ 420, para R$ 600, e a instituição de um auxílio-saúde de R$ 1 mil para servidores ativos e inativos.

De acordo com Gerliano Nunes, representante do Sindicato dos Gestores Públicos e Técnicos (SindGestor), a criação da frente única dos sindicatos tem o objetivo de fortalecer o diálogo com o governo do Estado, que, segundo ele, tem se limitado a justificar a ausência de propostas com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“A gente tem criado esse movimento desde 2023 e ele vem se consolidando no Estado nos últimos anos. Agora estamos com cerca de 30 entidades sindicais na frente única, justamente para buscar uma mesa de negociação com o governo, que não tem avançado. O Estado alega a LRF como impeditivo, mas nós também buscamos um plano alternativo diante desse cenário”, destacou Gerliano.

Os representantes reforçaram que o movimento tem caráter pacífico, mas cobram uma resposta formal do governo sobre as pautas apresentadas. Caso contrário, o indicativo de greve geral será mantido.

“Hoje protocolamos oficialmente os pleitos. Essa união é resultado de uma discussão ampla e amadurecida entre os sindicatos, e estamos abertos ao diálogo. O que buscamos é justiça para os servidores públicos, que vêm acumulando perdas nos últimos anos”, concluiu Nunes.

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