quinta-feira, 17 julho 2025

Servidores do Acre anunciam indicativo de greve e dão prazo até julho para resposta do governo

Por Mirlany Silva, da Folha do Acre

Representantes de cerca de 30 sindicatos das categorias do serviço público estadual anunciaram, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 23, um indicativo de greve geral no Acre. O movimento, que já está em articulação desde 2023, reúne trabalhadores da educação, saúde, segurança pública, fazendários e servidores de autarquias e órgãos indiretos do Estado.

A mobilização está marcada para a próxima quarta-feira, 25. Caso o governo não apresente respostas concretas aos pleitos protocolados, as categorias devem deflagrar greve geral a partir de 2 de julho.

Entre as principais reivindicações estão a reposição das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, calculada em 20,39%, a atualização do auxílio-alimentação, atualmente no valor de R$ 420, para R$ 600, e a instituição de um auxílio-saúde de R$ 1 mil para servidores ativos e inativos.

De acordo com Gerliano Nunes, representante do Sindicato dos Gestores Públicos e Técnicos (SindGestor), a criação da frente única dos sindicatos tem o objetivo de fortalecer o diálogo com o governo do Estado, que, segundo ele, tem se limitado a justificar a ausência de propostas com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“A gente tem criado esse movimento desde 2023 e ele vem se consolidando no Estado nos últimos anos. Agora estamos com cerca de 30 entidades sindicais na frente única, justamente para buscar uma mesa de negociação com o governo, que não tem avançado. O Estado alega a LRF como impeditivo, mas nós também buscamos um plano alternativo diante desse cenário”, destacou Gerliano.

Os representantes reforçaram que o movimento tem caráter pacífico, mas cobram uma resposta formal do governo sobre as pautas apresentadas. Caso contrário, o indicativo de greve geral será mantido.

“Hoje protocolamos oficialmente os pleitos. Essa união é resultado de uma discussão ampla e amadurecida entre os sindicatos, e estamos abertos ao diálogo. O que buscamos é justiça para os servidores públicos, que vêm acumulando perdas nos últimos anos”, concluiu Nunes.

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