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Servidores de 32 categorias realizam ato em frente à Aleac e ameaçam paralisação em julho

Servidores públicos ocupam frente da Aleac/Foto: Folha do Acre

Na manhã desta quarta-feira, 25, servidores públicos de mais de 32 sindicatos estaduais ocuparam a frente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) em um ato unificado para cobrar respostas do governo às reivindicações protocoladas pelas categorias. A mobilização, considerada histórica pelos organizadores, é coordenada pela Frente Única em Defesa do Serviço Público e reúne trabalhadores da saúde, educação, segurança, fazendários e de órgãos da administração indireta.

A principal pauta do movimento é a aplicação da Revisão Geral Anual (RGA) de 20,39%, referente à recomposição das perdas inflacionárias acumuladas entre janeiro de 2019 e abril de 2025. Além disso, os servidores exigem a atualização do auxílio-alimentação, fixado desde 2022 em R$ 420 para R$ 1.000, retroativo a junho deste ano, com reajuste proporcional ao auxílio-aptidão para os militares. Outra reivindicação é a criação de um auxílio-saúde no valor de R$ 1.000 para servidores ativos e inativos, também retroativo ao mês de junho.

Servidores públicos ocupam frente da Aleac/Foto: Folha do Acre

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Acre (Sinpol), Rafael Diniz, a manifestação marca um momento decisivo para o funcionalismo público.

“Estamos aqui hoje, num ato histórico, representando mais de 30 mil servidores públicos do Estado do Acre. Nossa luta é por dignidade e valorização. O governo trata com descaso as categorias e isso não é mais aceitável. Queremos nossa recomposição salarial com base na inflação, a elevação do auxílio-alimentação para R$ 1.000 e um auxílio-saúde que contemple também os aposentados. Esse é só o começo. Se não houver resposta oficial, o movimento vai se intensificar”, afirmou Diniz.

Durante o ato, os representantes das categorias também cobraram um posicionamento efetivo do governo estadual quanto às demandas apresentadas em audiência pública realizada recentemente na própria Aleac. A ausência de resposta oficial pode levar à deflagração de uma paralisação geral no próximo dia 2 de julho, envolvendo setores estratégicos como educação, saúde, segurança pública (Polícias Militar, Civil e Penal) e fazendários.

Servidores públicos ocupam frente da Aleac/Foto: Folha do Acre

A Frente Única reforçou que a mobilização não se trata apenas de uma pauta salarial, mas de uma luta por condições dignas de trabalho, respeito e valorização profissional dos servidores que atuam diretamente na prestação de serviços essenciais à população acreana.

Até o momento, o Governo do Estado não se pronunciou oficialmente sobre as reivindicações.

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