Em greve há 18 dias, servidores da Educação Municipal voltaram a protestar nesta segunda-feira (2), em Rio Branco. O ato foi realizado em frente à Secretaria Municipal de Educação (Seme), como forma de pressionar a gestão por avanços nas negociações com a categoria.
O movimento grevista, liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), reivindica o reajuste do piso salarial do magistério, recomposição para os demais servidores, pagamento de auxílios alimentação e saúde e o cumprimento da horatividade — período destinado a atividades extraclasse previsto em lei.
Segundo o Sinteac, 80 das 94 escolas da rede municipal estão com atividades paralisadas. A categoria afirma que permanece aberta ao diálogo, mas não aceitará encerrar a greve sem deliberação junto à base.
Na última sexta-feira (30), uma audiência de conciliação entre representantes do sindicato e da Prefeitura foi realizada na 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Acre, sem que houvesse consenso. A gestão municipal pediu prazo até 10 de junho para apresentar um estudo orçamentário, com a condição de que a greve fosse suspensa. A proposta foi rejeitada pelo sindicato.
Para a presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, a mobilização busca manter o tema em evidência e evitar que a paralisação perca força. Ela contesta a alegação da Prefeitura de que não há recursos disponíveis e aponta que a aplicação dos recursos do Fundeb caiu em relação a anos anteriores.
“Eles alegam não ter dinheiro, mas nós fizemos um estudo e tem dinheiro. sim, inclusive gastavam 100% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), já não estão mais gastando 100% do Fundeb, significa que os recursos aumentaram”, disse.