sábado, 14 junho 2025

‘Quem vai comandar o PT será Jorge Viana’, diz Zen sobre disputa pela presidência do partido

Por Mirlany Silva, da Folha do Acre

A disputa pela presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre segue sem sinal de pacificação e tem revelado divergências internas entre as principais lideranças do partido. A eleição está marcada para a primeira quinzena de julho, mas a escolha de um nome de consenso ainda parece distante.

Mesmo com o veto informal do ex-senador Jorge Viana, o militante Cesário Braga mantém sua candidatura e não dá sinais de recuo. O atual presidente do PT no Acre, Daniel Zen, reconheceu, em entrevista ao Blog do Crica, nesta sexta-feira, 13, que a situação ainda está indefinida. “Ambos têm gênios fortes”, afirmou Zen, ao comentar sobre a disputa entre Cesário e a ala ligada a Viana.

Apesar das divergências, Daniel Zen deixou claro que a prioridade da legenda não é a disputa interna, mas a preparação para as eleições de 2026, com foco total na candidatura de Jorge Viana ao Senado.

“Independente de quem for o novo presidente do PT, quem vai comandar o partido, montar chapas, o grupo de articulação eleitoral, fazer alianças e administrar o Fundo Eleitoral será o ex-senador Jorge Viana”, ressaltou Zen. “Não podemos prescindir dele no momento mais difícil do PT”, completou.

Zen admitiu ainda que o partido vive um momento delicado e afirmou não ter expectativas de retorno ao poder nas próximas eleições estaduais. “Não será na próxima eleição que voltaremos ao poder”, pontuou.

Em resposta ao Blog, o ex-senador Jorge Viana garantiu que não pretende se envolver diretamente na disputa pela presidência do partido.

“Nunca fui dirigente partidário e não pretendo ser”, disse. Ainda assim, afirmou que tem conversado internamente em busca de um nome que possa colaborar na construção do projeto político para 2026. “Tenho conversado buscando um nome que possa me ajudar na construção da nossa missão política em 2026”, declarou.

Sem citar diretamente Cesário Braga, Jorge Viana reforçou seu compromisso com o futuro político do estado. “O Acre precisa de menos discurso e mais ação. Menos promessas, mais resultados. Foi assim que conduzi minha história. E é assim que acredito que o Acre pode voltar a avançar”, afirmou.

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