A verdade da reportagem do Fantástico
Vou começar esta coluna explicando o que aconteceu ontem por trás da matéria do Fantástico: um grupo político tentando substituir outro. Não há tentantiva de resolver nada. Há uma tentativa de tomar o poder. Somente isso.
Não é do nada
Sou jornalista a tempo suficiente para saber que uma reportagem não nasce do nada, sem uma boa fonte, sem um interesse, sem uma “liga”.
Orgasmo
Assim que a reportagem foi ao ar, o ex-governador Jorge Viana quase teve um orgasmo virtual ao comentar o caso nas suas redes sociais.
Mórbido
As críticas ao governo atual seriam naturais, mas o que torna tudo ridículo, resvalando na morbidez, são os autoelogios do petista Jorge Viana.
Preocupante
A atitude do ex-governador petista foi preocupante do ponto de vista psicológico, poderia avaliar um psicólogo.
Jorge Viana
Jorge Viana é aquele que vive com vencimentos de marajá, quase R$ 140 mil por mês e nunca supera o fato do Acre ter substituído os petistas que passaram 20 anos no poder.
Já era, Jorge!
Jorge Viana é uma pessoa inteligente até certo ponto, mas a arrogância dele, a soberba, os autoelogios que escorregam pelo canto da boca, essa síndrome de achar que era dono do Acre e nunca superar o fato dos acreanos não quererem mais o PT no poder o torna um tanto obcecado.
Há muito mais
Deu na Globo. O tom foi de denúncia. A pauta, aparentemente nobre: a situação da Educação no Acre. Mas, como quase sempre acontece quando o noticiário nacional resolve lembrar que o estado existe, há muito mais nas entrelinhas do que nos títulos.
O eterno ex
Na prática, o que se viu foi mais uma tentativa mal disfarçada de atingir o governo Gladson Camelí, com pitadas da velha retórica petista travestida de saudade institucional. E como não poderia faltar, lá estava ele, o eterno ex, Jorge Viana, saudoso dos tempos em que o Acre parecia ter um dono.
Script
O script é conhecido: alguém desenterra um dado, um jornal nacional abraça a pauta, a militância veste preto, e os porta-vozes da moralidade seletiva sobem no caixote para proclamar que “na nossa época era diferente”. E era mesmo, diferente até demais. Só que o povo já entendeu que “diferente” não significa necessariamente “melhor”.
Passou
Jorge Viana, com seu dom peculiar de transformar autoelogio em discurso público, voltou a repetir a cantilena de que sua gestão era referência. É a síndrome do ex que insiste em se colocar como modelo inalcançável, ignorando que o tempo passou, o eleitor mudou, e que, sim, a política acreana também aprendeu a olhar para frente.
Merecem ser ouvidas
As críticas à Educação no Acre merecem ser ouvidas, toda crítica séria merece. Mas é preciso dizer com todas as letras: os avanços conquistados na atual gestão são reais, são concretos e, mais importante, são fruto de uma política que tem enfrentado as dificuldades sem usar o passado como escudo e sem terceirizar responsabilidades.
Gladson Camelí
Gladson Camelí tem erros, como qualquer gestor. Mas também tem entregas. E não foram poucas.
Trabalho
Enquanto alguns preferem o palanque dos estúdios da Globo, o governo segue reconstruindo escolas, investindo em infraestrutura e tentando, dentro das suas limitações, manter o Acre funcionando. O secretário Aberson Carvalho tem excelentes resultados frente à Secretaria de Educação do Estado.
Nada de revival
O Acre precisa de um debate político sério, propositivo e conectado com a realidade. Não de um revival nostálgico embalado em manchete nacional.
Não é projeto pessoal
O estado não pode ser vitrine para projeto pessoal de ninguém. Nem palco para a saudade seletiva do PT. Já passou da hora de alguns ex entenderem que seu tempo passou.
Bom dia a todos