terça-feira, 24 junho 2025

‘O Diego não teve intenção de tirar a vida de ninguém, ele quis sair da zona dos tiros’, diz advogado de motorista que atropelou Juliana

Redação Folha do Acre

“A nossa atuação defensiva não busca atacar pessoas. Nós vamos apenas discutir os fatos de maneira técnica, com base nas provas e dentro dos limites do processo em si”, foi o que afirmou o advogado Felipe Muñoz, responsável pela defesa de Diego Luiz Gois Passos, suspeito de atropelar a advogada Juliana Chaar, de 36 anos, na madrugada do último sábado, 21, na capital Rio Branco. Juliana não resistiu e falei no hospital.

Segundo Muñoz, Diego manifestou, de forma espontânea, a intenção de se apresentar às autoridades para prestar esclarecimentos. “Em relação à situação do Diego, ele manifestou de forma espontânea a intenção de se apresentar às autoridades, para que, inclusive, ele preste os esclarecimentos dele. E isso, como parte dessa intenção, foi formalizado judicialmente um pedido de contramandado de prisão, com requerimento de aplicação de algumas questões. A intenção é colaborar com a Justiça, inclusive se propondo a entregar o veículo para que seja periciado e esclarecer os fatos”, afirmou.

O advogado ressaltou que o processo ainda está em fase inicial e criticou julgamentos antecipados. “O processo ainda está em fase inicial, é uma fase investigativa, então é precipitado e irresponsável qualquer tipo de juízo antecipado de culpabilidade, onde a defesa visa seguir todos os protocolos com devido processo legal e contraditório para a defesa. Essas garantias nós vamos lutar para que elas sejam preservadas, independente de qualquer questão”, destacou Muñoz.

Para Muñoz, as condições pessoais e os antecedentes de Diego reforçam a tese de que ele deve responder ao processo em liberdade. “Diego é primário, possui bons antecedentes, é trabalhador lícito, tem residência fixa, ele não possui nenhum tipo de antecedente criminal ou envolvimento criminoso. É uma situação que favorece, sim, que sua resposta ao processo seja em liberdade”.

O advogado também lamentou o ocorrido e reforçou que não houve intenção por parte de Diego. “Tenho certeza de que nenhum dos envolvidos no processo tinha aquela intenção, assim como o Diego não tinha intenção nenhuma de tirar a vida de ninguém. Nem de atingir ninguém. A única intenção dele era sair da direção dos disparos que foram efetuados na direção do Diego, da sua caminhonete. Ele entrou no carro, apenas se abaixou e saiu. Foi essa a única intenção e jamais ele teve intenção de machucar alguém desse jeito ou de tirar a vida”, salientou.

Para Muñoz, Diego apenas buscava escapar da situação de perigo. “Em resumo, Diego apenas quis sair da zona de tiro, quis se salvar e sair de perigo”.

Por fim, o advogado reiterou que qualquer discussão sobre o mérito do caso ocorrerá no âmbito do processo judicial. “Nós não vamos antecipar qualquer questão do processo, até porque isso faz parte do mérito do processo, que vai ser discutido dentro do mesmo. E qualquer questão em relação aos fatos vai ser apurada no decorrer do processo. A gente não concorda ou compactua com nenhum tipo de violência, mas também não vamos permitir que a imagem do Diego seja destruída por narrativas precipitadas. A gente vai atuar com firmeza e dentro da legalidade, confiando na Justiça como o caminho para apuração dos fatos até então apresentados”, concluiu.

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