O Acre registrou uma redução de 20% no número de feminicídios em 2024, segundo dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp)na última quarta-feira, 11. O estado passou de 10 vítimas em 2023 para 8 no ano passado. Mesmo com a queda, a taxa acreana de feminicídios ainda é alta: 1,82 casos por 100 mil mulheres, índice superior à média nacional.
A redução pode ser reflexo de ações locais de enfrentamento à violência contra a mulher, mas o dado ainda acende um alerta sobre a necessidade de políticas mais eficazes e contínuas de proteção. O Acre ocupa a 7ª posição entre os estados com as maiores taxas do país.
Em todo o Brasil, os números permaneceram relativamente estáveis no último ano. Foram 1.459 vítimas de feminicídio em 2024, contra 1.449 em 2023, um aumento de 0,69%. A taxa nacional segue em 1,34 casos por 100 mil mulheres. Em média, quatro mulheres foram mortas por dia no país por razões relacionadas ao gênero, em contextos de violência doméstica, familiar ou por discriminação e menosprezo à condição feminina.
O levantamento também destacou os estados com os maiores índices: Mato Grosso lidera com 2,47 casos por 100 mil mulheres, seguido por Mato Grosso do Sul (2,39) e Piauí (2,32). Já o Amapá apresentou a menor taxa do país, com 0,50 casos por 100 mil mulheres.