O homem que se passou por faccionado para ameaçar o dono frigorífico da empresa Norte Carnes, no município de Brasiléia, que estava abatendo bois apreendidos pelo ICMBio na Reserva Extrativista Chico Mendes, se retratou após o caso ganhar repercussão. Ele se retratou por meio de áudios enviados em grupos de WhatsApp e afirmou que a facção criminosa Comando Vermelho não tem nada a ver com o caso.
Nos áudios anteriores, ele se identificava como integrante do Comando Vermelho e dizia que iria entrar no estabelecimento para “metralhar todo mundo”. Desta vez, o tom da conversa foi diferente: o homem afirmou que a facção citada não tem qualquer ligação com as ameaças de invasão ao local.
“Ó galera, eu tô aqui pra retratar esses áudios anteriores que eu passei, entendeu? Falando sobre o frigorífico aí que abateu o gado da minha família e eu tava matando. E eu meti aí a organização do Comando Vermelho no meio. E ele não tem nada a ver, eu falei isso porque eu tava de cabeça quente, entendeu? O Comando Vermelho não tem nada a ver com isso, entendeu? Eu falei isso com cabeça quente porque o Estado ‘fila da puta’. O Estado opressor que só presta pra oprimir, chegaram nas terras dos meus parentes e levaram tudo, entendeu?”, disse.
“Quero deixar bem claro aqui que o Comando Vermelho não tem nada a ver com isso, entendeu? Eu usei isso com a cabeça quente, tudo certo? O problema é o Estado, que é o opressor”, acrescentou.
Por fim, ele pediu desculpas pelos áudios e disse que estaca com a cabeça quente.
“E outra, que o pessoal também do frigorífico aí estava com gado apreendido, abatido, que fique tranquilo, entendeu? Por conta que, se eles estão fazendo isso, é porque o Estado opressor está obrigando, né? Então peço desculpas aí a todos e usei isso porque eu estava com a minha cabeça muito quente por conta que era minha família, mas é isso aí”, finalizou.