O Acre pode estar iniciando uma fase de estabilidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quarta-feira (12). O levantamento, que se refere à semana epidemiológica de 1º a 7 de junho, mostra que, embora o número de hospitalizações permaneça alto, há indicativos de desaceleração no ritmo de crescimento.
A análise faz parte do boletim InfoGripe e destaca que o estado, assim como outras regiões do país, enfrenta pressão sobre o sistema de saúde por conta do avanço de vírus respiratórios, principalmente o influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Este último, responsável por grande parte das internações em crianças pequenas, ainda circula de forma intensa, mas começa a apresentar retração.
Apesar do possível cenário de estabilização no Acre, a Fiocruz alerta que a redução ainda é incipiente e os níveis de internações seguem em patamares preocupantes. A situação também se repete em estados como o Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Em nível nacional, o crescimento dos casos chama a atenção: houve aumento de 91% nas notificações de SRAG nas últimas quatro semanas, em comparação com o mesmo período do ano passado. O avanço tem sido mais expressivo nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Os dados mais recentes indicam que o VSR foi responsável por 45,5% dos casos confirmados no período, seguido do vírus influenza A, com 40%. Rinovírus, coronavírus (Sars-CoV-2) e influenza B também aparecem, mas com menor incidência.
Diante do cenário, a Fiocruz recomenda atenção redobrada aos sintomas respiratórios, principalmente em grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades. A fundação também reforça a necessidade de ampliar a cobertura vacinal contra a gripe como medida preventiva essencial.