A atual gestão da Câmara Municipal de Rio Branco enfrenta uma crise financeira, segundo o presidente da Casa, vereador Joabe Lira (União Brasil). Um ato da Mesa publicado no Diário Oficial da última segunda-feira, 2, determinou a suspensão imediata da compra de passagens aéreas e da concessão de diárias para vereadores e servidores que participariam de cursos, treinamentos e capacitações fora da capital acreana.
De acordo com Lira, a medida é necessária diante da grave situação financeira encontrada na Câmara. Ele responsabiliza a gestão anterior pela falta de planejamento, especialmente em relação ao aumento no número de vereadores — que passou de 17 para 21 parlamentares — sem um estudo de impacto financeiro.
“Estamos há cinco meses de gestão e temos trabalhado muito para ajustar as contas da Câmara. Ano passado, infelizmente, não foi feito nem planejamento e muito menos impacto financeiro, que seria com um aumento de quatro vereadores. E nós recebemos a Câmara com um orçamento de R$ 60 milhões, quando o nosso gasto estimado para este ano, gasto com o pessoal e execução dos contratos que estavam assinados, dá em média R$ 75 milhões”, afirmou o presidente.
A declaração provocou reação imediata do ex-presidente da Câmara, vereador Raimundo Neném (PL), que rebateu as acusações. Segundo ele, a atual gestão enfrenta dificuldades financeiras não por irresponsabilidade da anterior, mas, sim, por conta do próprio aumento no número de parlamentares.
“Não existe nada que a Câmara esteja devendo. Ele [Joabe Lira] está com dificuldade porque aumentou o número de vereadores. Nós finalizamos nosso orçamento e conseguimos ainda devolver R$ 2,5 milhões para a prefeitura”, afirmou Neném em entrevista.