Durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta terça-feira (17), o deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD) fez um pronunciamento contundente em defesa dos produtores rurais acreanos, que vêm enfrentando sérias dificuldades devido aos embargos ambientais impostos no estado.
Segundo o parlamentar, a rigidez da legislação ambiental está sufocando a produção e ameaçando a economia acreana.
“Só os produtores sabem o que enfrentam. Não é fácil. Por que o Acre tem que pagar essa conta? Por que escolher o Acre?”, questionou Ribeiro em tom de indignação.
Ele também parabenizou o colega deputado Emerson Jarude (Novo), que levantou o mesmo tema em plenário, destacando a disparidade entre o tratamento dado ao Acre e a estados como São Paulo e Goiás.
“Aqui, nós somos submetidos à lei mais rígida do Brasil. É o frete mais caro, o insumo mais caro. Tudo é mais caro”, enfatizou.
O deputado repudiou os recentes embargos ambientais aplicados no estado, afirmando que, se não houver uma solução imediata, a economia local poderá sofrer um colapso.
“O Estado pode travar caso esses embargos continuem. Porque essa é a verdade”, alertou.
Para Eduardo Ribeiro, o caminho para resolver o impasse passa pelo diálogo e pela construção de soluções normativas que envolvam todos os entes públicos. Ele lembrou que a Aleac já aprovou legislações estaduais voltadas ao setor, mas muitas delas ainda aguardam regulamentação. “Nós temos legislações que precisamos sentar e encontrar esse caminho”, reforçou.
O parlamentar também elogiou a decisão da Mesa Diretora da Aleac de suspender o grande expediente da sessão para permitir a participação direta dos produtores rurais no debate. Segundo ele, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente já estão se mobilizando para participar das próximas reuniões que buscarão alternativas viáveis para o setor. “A PGE também precisa estar presente”, ressaltou, referindo-se à Procuradoria-Geral do Estado.
Ao final de seu discurso, Ribeiro cobrou o envolvimento da bancada federal acreana e dos senadores do estado para que o tema também seja tratado em Brasília. “Vamos chamar a bancada, os senadores, e mostrar a importância disso. O que depender da legislação federal, precisamos sentar e discutir. O que está em jogo é o futuro da produção no Acre”?, finalizou.