A Polícia Civil do Acre segue investigando a morte da advogada Juliana Chaar, ocorrida no último fim de semana, após um atropelamento em frente a um estabelecimento comercial localizado entre a Avenida Getúlio Vargas e a Rua Isaura Parente, em Rio Branco. O caso está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que já identificou o condutor da caminhonete envolvida no acidente.
De acordo com o coordenador da Delegacia de Investigação Criminal (DEIC), delegado Pedro Paulo Busolin, a apuração teve início logo após o fato, com os primeiros procedimentos sendo realizados na Delegacia de Flagrantes (Defla).
“O colega que estava na Defla colheu diversos depoimentos, lavrou um auto de prisão em flagrante em desfavor de um dos envolvidos, que estava de posse de uma arma de fogo, e também lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência contra outras pessoas envolvidas na briga que antecedeu o atropelamento”, afirmou o delegado.
A confusão aconteceu na noite de sábado (22), em frente ao bar onde Juliana estava. Após a briga, um dos envolvidos deixou o local dirigindo uma caminhonete e atropelou a advogada, que foi socorrida e levada ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos.
O delegado Cristiano Bastos, titular da DHPP, informou que a principal linha de investigação é esclarecer as circunstâncias do atropelamento e dos disparos de arma de fogo ocorridos no local.
“Apesar de ter sido lavrado procedimento por disparo de arma de fogo, temos elementos que indicam uma dinâmica diferente. Precisamos entender se os disparos ocorreram antes, durante ou após o atropelamento, e em quais condições”, explicou.
Segundo Bastos, o condutor da caminhonete foi identificado e a Polícia Civil já fez contato com seus familiares e advogados. “Estamos aguardando a apresentação dele na delegacia. Caso isso não ocorra até o fim do dia, ele poderá ser considerado foragido”, disse.
Policiais civis realizaram diligências no fim de semana em locais onde o suspeito poderia estar, mas ele ainda não se apresentou.
A investigação continua com a oitiva de testemunhas e a análise de imagens e laudos periciais que já foram requisitados.
“Nosso trabalho é buscar a verdade real dos fatos. Sabemos que houve um atropelamento e que ele causou o óbito da vítima, mas é necessário entender a versão do investigado e o contexto em que tudo aconteceu”, acrescentou o delegado.
O sepultamento da advogada Juliana Chaar ocorre nesta segunda-feira. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AC) divulgou nota lamentando a morte da profissional e cobrando celeridade na apuração do caso.