Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura já impactou mais de 3 mil mulheres no estado com ações voluntárias de capacitação, apoio e empoderamento
Você já ouviu falar do CMEC – Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura? O que começou como uma iniciativa nacional voltada ao fortalecimento do empreendedorismo feminino hoje se consolida no Acre como uma rede viva, pulsante e transformadora, que já alcançou mais de 3 mil mulheres em todo o estado.
O CMEC está presente em 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, vinculado às Associações Comerciais e Federações Empresariais, promovendo o protagonismo feminino, a economia criativa, a cultura e a inclusão social. No Acre, essa rede tem ganhado destaque sob a presidência da empresária Patrícia Dossa, primeira mulher eleita presidente da ACISA em 113 anos de história — e também uma das vozes mais ativas na defesa do fortalecimento das mulheres acreanas.
“O CMEC Acre é mais que uma estrutura organizacional. É um movimento de vida, de transformação e de pertencimento. Um espaço onde mulheres ajudam mulheres a se enxergarem como líderes, donas de seus negócios e de suas histórias”, destaca a empresária Patrícia Dossa.
Atualmente, o Conselho conta com núcleos consolidados em seis municípios: Rio Branco, Plácido de Castro, Acrelândia, Senador Guiomard, Tarauacá e Brasiléia/Epitaciolândia.
Além disso, estão em fase de implantação os núcleos de Cruzeiro do Sul, Feijó e Assis Brasil. Outros municípios, como Sena Madureira, já foram mobilizados por meio de ações de sensibilização.
Esse movimento se fortalece ainda mais com o projeto “Desenvolve Mulher Empreendedora”, uma iniciativa da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil). No Acre, a ação é coordenada pela consultora Marcella Dalillah, responsável por estruturar e apoiar a formação de novos núcleos em diferentes regiões.
E há um diferencial que faz do Acre um exemplo para todo o Brasil: o estado é pioneiro na implementação de ações voltadas às mulheres indígenas, respeitando seus saberes, costumes e modos de vida. Essa atuação se concretiza por meio de uma parceria com a aldeia Nova Vida, onde mulheres indígenas lideram um movimento de fortalecimento do empreendedorismo, alinhado à identidade cultural e ao protagonismo tradicional de suas comunidades.
O CMEC Acre é o primeiro em todo o território nacional a desenvolver uma iniciativa estruturada com mulheres indígenas dentro da própria aldeia, criando pontes entre o empreendedorismo feminino e a valorização cultural, sem violar ou descaracterizar os valores ancestrais.
Todo o trabalho realizado pelo CMEC, em nível nacional e estadual, é voluntário. São mulheres que doam tempo, conhecimento, energia e dedicação para que outras mulheres cresçam, se desenvolvam e se fortaleçam.
No Acre, entre setembro de 2023 e dezembro de 2024, foram realizados mais de 1.500 atendimentos, ultrapassando em 70% a meta estabelecida. Além disso, o estado foi representado em duas missões empresariais e teve dois projetos aprovados diretamente para execução local.
Oficinas, rodas de conversa, mentorias, palestras, eventos de networking, incentivo à formalização e acesso a oportunidades fazem parte da programação dos núcleos, que atuam como braços estratégicos de acolhimento e crescimento nos municípios.
“Cada núcleo é uma semente de transformação. Quando uma mulher entende que pode, que sabe e que merece, ela muda tudo ao seu redor. E é isso que o CMEC faz: desperta esse poder que já existe dentro de cada uma”, afirma a consultora Marcella Dalillah.
O CMEC tem como pilares a sororidade, ética, diversidade, inclusão, educação, profissionalismo, liderança e cultura. Sua missão é promover e fomentar o empreendedorismo feminino e a economia criativa, oferecendo capacitação, qualificação e apoio real às mulheres à frente de seus próprios negócios.
Sua visão é clara: ser um agente de apoio e inspiração para mulheres que ocupam — ou desejam ocupar — posições de liderança, seja no mundo corporativo, na comunidade ou no próprio empreendimento.
Mais do que um conselho, o CMEC é uma rede de apoio, fortalecimento e construção coletiva. No Acre, ele se firma como instrumento essencial para o desenvolvimento econômico e social com protagonismo feminino.