segunda-feira, 9 junho 2025

Artigo: a IA não vai roubar seu emprego, mas alguém preparado pode

Por Adriano Gonçalves

Reflexões sobre o impacto da inteligência artificial e a importância do preparo humano

Introdução

A inteligência artificial (IA) tem sido assunto central em discussões sobre o futuro do trabalho, gerando preocupações em diversos setores da sociedade. Muitos temem que a automação e os avanços tecnológicos possam substituir trabalhadores humanos em larga escala. No entanto, enquanto a IA continua a evoluir, há um elemento crucial muitas vezes ignorado nessas discussões: a atitude e o preparo das pessoas diante das mudanças. Não é a IA que representa o maior risco ao seu emprego, mas sim a falta de coragem e repertório para se adaptar a um mundo em transformação.

O papel da IA na transformação do trabalho

No entanto, em vez de eliminar empregos, a IA tem mostrado potencial para criar oportunidades. De acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a automação pode gerar empregos em setores emergentes, como análise de dados, desenvolvimento de sistemas e gestão de tecnologias. O desafio está em como os indivíduos e as organizações se posicionam diante dessa realidade.

O verdadeiro risco: medo e estagnação

A ideia de que a IA simplesmente “roubará empregos” é simplista e, muitas vezes, fruto do medo e da desinformação. O que realmente pode ameaçar sua posição no mercado de trabalho é a incapacidade de evoluir e aprender. Profissionais que resistem às mudanças, que têm medo de inovar ou que não buscam ampliar seu repertório de habilidades são os mais vulneráveis em um ambiente competitivo.

Enquanto alguns veem a IA como uma ameaça, outros a enxergam como uma ferramenta poderosa para aumentar a criatividade e a eficiência. A diferença entre essas duas perspectivas está na forma como cada um aborda o aprendizado e aceita os novos desafios.

Competir com a IA: uma questão de preparo

Adaptar-se ao impacto da IA não significa competir diretamente com ela, mas aprender a trabalhar em conjunto com essas tecnologias. Isso exige investimento em educação contínua, desenvolvimento de habilidades interpessoais e criatividade, áreas onde o ser humano têm uma vantagem natural.

São essas pessoas, e não a IA em si, que podem assumir os papéis daqueles que ficaram para trás por falta de iniciativa ou medo de mudar.

O papel das empresas

As organizações também têm um papel crucial nesse processo. Empresas que investem em capacitação de seus colaboradores e promovem a cultura da inovação criam ambientes mais resilientes às transformações tecnológicas. Líderes que enxergam a IA como uma aliada, e não como uma ameaça, tendem a inspirar suas equipes a fazer o mesmo.

Terminação

A inteligência artificial não é a vilã que muitos imaginam. Seu impacto no mercado de trabalho depende mais de como os indivíduos e as empresas escolhem reagir a ela do que da própria tecnologia em si. Profissionais com coragem, adaptabilidade e repertório estão em vantagem, enquanto aqueles que se deixam paralisar pelo medo ou pela falta de preparo tornam-se os verdadeiros vulneráveis.

Portanto, a chave para enfrentar o futuro do trabalho não é temer a IA, mas abraçar o aprendizado e a mudança como ferramentas para crescer. Afinal, como diz o ditado, “não é a tecnologia que rouba empregos, mas as pessoas que sabem utilizá-la melhor.”

Adriano Gonçalves
Master Coaching in Business International
@apadrianocoach.ofc

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