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Advogado pede afastamento de membros da OAB/AC envolvidos em briga que resultou na morte de Juliana Chaar

O advogado Rafael Carneiro Ribeiro Dene, de Cruzeiro do Sul, protocolou na última terça-feira, 24, um pedido de suspensão preventiva de três membros da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Acre (OAB/AC), por envolvimento no episódio que resultou na morte da advogada Juliana Chaar Marçal, no sábado, 21.

O pedido foi encaminhado ao presidente da OAB/AC, Rodrigo Aiache, e menciona os advogados Keldheky Maia da Silva, Bárbara Maués Freire e João Felipe de Oliveira Mariano. Dene argumenta que a manutenção dos três em cargos institucionais compromete a imagem da advocacia e a credibilidade da instituição.

Keldheky Maia, presidente da Comissão de Investigação Defensiva da OAB/AC, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal dolosa e dano, conforme registrado na Delegacia Central de Flagrantes. Dene destacou a gravidade dos fatos e o vínculo societário entre Maia e o presidente da seccional como motivo adicional para o afastamento, afirmando que a OAB deve dar o exemplo diante de casos dessa natureza.

Bárbara Maués Freire, presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/AC, também é alvo do pedido. Segundo Dene, há contradições entre o depoimento prestado por ela à polícia e os vídeos divulgados pela imprensa. O advogado afirma que as imagens mostram Bárbara participando ativamente da discussão e agressões, contrariando sua versão de que estava dentro do veículo no momento dos fatos. Além disso, ela teria admitido estar sob efeito de álcool enquanto dirigia, o que configura crime de trânsito.

João Felipe de Oliveira Mariano, secretário adjunto da Caixa de Assistência dos Advogados do Acre e marido de Bárbara, é acusado de prestar falso testemunho durante a investigação policial. Segundo Dene, a conduta é incompatível com a função pública exercida, especialmente por se tratar de membro do sistema de ética e disciplina da OAB/AC.

No documento, Dene afirma que a atuação dos três advogados “fere gravemente os padrões éticos da advocacia” e pede que a OAB/AC adote providências imediatas, inclusive como forma de preservar a confiança da sociedade na instituição.

Até o momento a OAB/AC não se manifestou oficialmente sobre o pedido de afastamento.

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