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Acre tem um dos piores índices de tratamento de esgoto do país, diz levantamento

O Acre figura na última colocação do ranking nacional de cobertura de esgotamento sanitário, segundo um levantamento divulgado nesta semana pela IFAT Brasil. Apenas 0,7% da população do estado tem acesso à rede de esgoto tratado, o que significa que mais de 99% dos moradores ainda vivem sem esse serviço essencial à saúde pública e à dignidade humana.

O índice coloca o estado em situação mais crítica do que qualquer outra unidade da federação. Nenhum outro estado brasileiro apresenta cobertura inferior a 1%, e mesmo a média da região Norte — historicamente marcada por déficits em infraestrutura — chega a 14,7%.

A pesquisa, elaborada com base em dados do IBGE e de outras fontes oficiais, mostra que o problema do saneamento no Brasil é generalizado: em 20 estados, menos da metade da população está ligada à rede de esgoto. No entanto, o cenário no Acre evidencia um quadro de abandono estrutural.

O acesso à água tratada também revela fragilidades. Com apenas 48% da população conectada à rede de abastecimento, o Acre ocupa a 26ª posição entre os 27 estados brasileiros. Apenas o Amapá tem índice menor, com 46,9%. Enquanto isso, regiões como Sudeste e Sul registram médias acima de 90%.

Os números contrastam com a realidade de unidades federativas como o Distrito Federal, que registra 99% de cobertura com água tratada e 82% com rede de esgoto, ou mesmo São Paulo, que embora concentre a maior população sem coleta de esgoto em números absolutos (13 milhões de pessoas), mantém um índice de cobertura de 71,4%.

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