sábado, 17 maio 2025

Taxa de desemprego cresce no Acre e chega a 8,2% no primeiro trimestre de 2025

Por Aikon Vitor, da Folha do Acre

A taxa de desocupação no Acre ficou em 8,2% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). O índice manteve-se estável em relação ao último trimestre de 2024, quando a taxa era de 7,3%, e segue acima da média nacional, que foi de 7,0%.

No ranking entre os estados, o Acre ocupa a 13ª posição entre as maiores taxas de desocupação, empatado com outras unidades da federação que também registraram estabilidade. Os estados com os maiores índices foram Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%). Já as menores taxas foram observadas em Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).

Apesar da estabilidade local, o cenário nacional aponta para um crescimento do desemprego em 12 das 27 unidades da federação, enquanto nas outras 15, incluindo o Acre, a taxa permaneceu sem variações estatisticamente significativas.

O levantamento revela ainda que a taxa composta de subutilização da força de trabalho no país – que inclui, além dos desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial – foi de 15,9%. No Acre, o dado específico sobre subutilização não foi destacado entre os maiores ou menores índices, mas o estado se manteve dentro da média das regiões Norte e Nordeste, que apresentaram os percentuais mais elevados do indicador.

Outro ponto de destaque no levantamento foi o percentual de informalidade. No Brasil, 38% da população ocupada trabalha na informalidade. Os estados do Maranhão, Pará e Piauí lideram esse indicador, enquanto o Acre também apresenta uma taxa considerada elevada, embora não esteja entre os três primeiros. Já no Sul e Sudeste, os níveis de informalidade são significativamente menores, com Santa Catarina registrando o índice mais baixo: 25,3%.

Em relação ao trabalho por conta própria, Rondônia, Maranhão e Amazonas apresentaram os maiores percentuais. O Acre segue a tendência da Região Norte, onde o empreendedorismo por necessidade é mais frequente diante da falta de oportunidades formais.

Quanto ao rendimento médio mensal real, o Brasil teve alta nas comparações trimestral e anual, com a média nacional alcançando R$ 3.410. O maior valor foi registrado no Centro-Oeste (R$ 3.848), enquanto o Nordeste teve o menor rendimento (R$ 2.383). Na Região Norte, onde o Acre está inserido, o rendimento médio foi de R$ 2.649. Apesar da alta nacional, as regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram estabilidade, com crescimento estatisticamente significativo apenas no Sul e no Nordeste.

A PNAD Contínua é o principal instrumento do IBGE para monitorar as condições do mercado de trabalho no Brasil. Os dados divulgados correspondem ao período de janeiro a março de 2025 e retratam a realidade de trabalhadores formais, informais, desempregados e subutilizados em todas as unidades da federação.

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