segunda-feira, 19 maio 2025

Morte por infarto em jogo de futebol acende alerta para exames preventivos, diz médico acreano

Redação Folha do Acre

Em menos de um mês, duas pessoas morreram vítimas de infarto fulminante durante partidas de futebol entre amigos em Rio Branco. O último caso ocorreu no domingo (18), onde o servidor do Tribunal de Justiça do Acre, Wanderley Nogueira, de 52 anos, morreu após um mal súbito enquanto jogava futebol no bairro São Francisco.

No fim de abril, Ítalo de Souza, 31 anos, funcionário do setor de compras do supermercado Araújo, morreu após sofrer um mal súbito enquanto jogava futebol.

As duas mortes acende uma luz de alerta sobre a importância da avaliação médica prévia para a prática de exercícios físicos.

Em entrevista ao site agazeta.net, o médico cardiologista Odilson Silvestre explicou que, embora o exercício físico seja benéfico, ele exige preparação adequada. Segundo o especialista, é fundamental que pessoas acima de 40 anos façam uma avaliação médica antes de praticar atividades de alta intensidade, como o futebol. “Às vezes, um simples eletrocardiograma pode identificar doenças silenciosas que se manifestam apenas sob esforço físico intenso”, afirma o médico.

Silvestre destacou ainda que sintomas como dor no peito, palpitações, falta de ar, tonturas ou desmaios não devem ser ignorados. “São sinais de alerta. Ao menor indício, a recomendação é interromper imediatamente o exercício e procurar atendimento médico.”

O cardiologista também chamou atenção para a diferença entre praticar exercícios regularmente e fazê-los de forma esporádica, como ocorre nas tradicionais “peladas” de fim de semana. “Estudos mostram que quem se exercita de forma intermitente está mais vulnerável à morte súbita, geralmente provocada por arritmias ou infartos desencadeados pelo esforço intenso após períodos de sedentarismo”, explicou.

A recomendação para quem deseja iniciar atividades físicas é clara: começar de forma gradual e passar por uma consulta médica, disponível tanto na rede pública quanto privada. Silvestre conclui: “Não se trata de desencorajar o esporte, mas de garantir que ele seja uma fonte de saúde, e não de risco”.

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