A fumaça branca que surgiu da Capela Sistina às 17h08 (11h08 no horário do Acre) anunciou ao mundo, nesta quinta-feira (8), a eleição do novo líder da Igreja Católica: Robert Francis Prevost Martínez, agora Papa Leão XIV. Religioso da Ordem de Santo Agostinho e de nacionalidade norte-americana, ele é o primeiro papa dos Estados Unidos e um dos poucos na história moderna com raízes latino-americanas.
Em seu primeiro pronunciamento público na sacada da Basílica de São Pedro, Leão XIV saudou os fiéis com uma mensagem de paz, gratidão e compromisso pastoral. O novo pontífice destacou a importância de “construir pontes” em vez de muros e pediu que os católicos o ajudem nessa missão, ao mesmo tempo em que deixou clara sua disposição de liderar uma Igreja que não tema amar de forma incondicional.
Ao agradecer ao Papa Emérito Francisco por seus anos de serviço à Igreja, Leão XIV também fez questão de lembrar o Peru, país onde serviu como missionário e bispo durante parte de sua trajetória. A menção ao país andino, feita logo nos primeiros minutos do discurso, foi interpretada como um gesto de reconhecimento às comunidades latino-americanas com as quais tem vínculos diretos.
O novo papa também é considerado próximo do ideal de uma Igreja sinodal, conceito promovido por Francisco nos últimos anos.
Sinodalidade, no contexto católico, é a proposta de uma Igreja que caminha junto, ouvindo todos os seus membros – leigos, clérigos e religiosos – nas decisões pastorais e nos rumos da missão eclesial. Trata-se de um modelo que busca promover maior participação, escuta mútua e corresponsabilidade, especialmente em tempos de crise institucional e necessidade de renovação interna.