sexta-feira, 30 maio 2025

Jovem morto no Taquari não tinha envolvimento com facções, conclui polícia

Redação Folha do Acre

O inquérito sobre a morte de Micaias Santos de Almeida, de 18 anos, em fevereiro deste ano em Rio Branco, foi concluído pela Polícia Civil. De acordo com o delegado Cristiano Bastos, responsável pelo caso, as duas vítimas do ataque foram confundidas.

Micaias e André Silva dos Santos, que sobreviveu — e ambos com a mesma idade –, foram atacados a tiros por dois homens em uma motocicleta entre a Rua Baguari, no bairro Taquari, e o Ramal Menino Jesus, no bairro Loteamento Praia do Amapá.

O delegado explicou que as investigações confirmaram o que a família já havia dito: os dois não tinham envolvimento com facções criminosas e, naquele dia, estavam transitando pela rua quando foram surpreendidos pelos autores.

“O Micaias e o André, que é o sobrevivente, foram vítimas inocentes dessa guerra entre facções, eles não tinham nenhum envolvimento com crime. Os autores [do crime] possuem envolvimento com organização criminosa e a intenção inicial deles era praticar crime contra as pessoas que estavam em uma festa no bairro Taquari, que seria uma festa de organização criminosa rival”, disse ele.

O delegado confirmou que à época, quase uma semana após o assassinato, dois suspeitos pelo crime, um de 22 anos e outro de 18, foram presos pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE), no bairro Taquari, no Segundo Distrito de Rio Branco.

“Nós encerramos a investigação, tem dois autores presos. Nós conseguimos identificar os quatro envolvidos, eles usaram duas motocicletas e dois ocupantes em cada uma delas, então dois estão presos, o terceiro está foragido e o quarto é menor de idade. Sobre o menor, o inquérito policial foi encaminhado para a área da Infância e Juventude e o que tá foragido a gente segue em busca”, enunciou.

Cristiano conta ainda que os autores se deslocaram até as proximidades do local onde acontecia a festa e ficaram esperando até que alguém saísse. Os dois não estavam no local, porém passaram pela rua no exato momento em que os suspeitos estavam olhando.

“Eles já foram em direção e realizaram os disparos. A motivação foi nesse contexto de guerra entre facções. Os autores teriam ido praticar um crime contra rivais que estavam na festa e acabaram atirando nessas duas pessoas que passavam em frente a festa no momento que eles estavam prontos para cometer o crime” afirmou o delegado.

O delegado declarou que não pode informar o nome dos envolvidos no crime pois o inquérito está sob sigilo. Na época da prisão, eles foram presos por porte de arma de fogo. “Agora [eles] estão presos de forma preventiva, com mandado de prisão preventiva, e vão aguardar agora o julgamento preso”, assegurou Cristiano.

Com informações G1

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