Os trabalhadores em Educação da rede municipal de Rio Branco prometem realizar um protesto nesta terça-feira (27) em frente à Câmara Municipal da capital, como forma de pressionar os vereadores a atenderem suas reivindicações. O ato foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e reforça o impasse entre a categoria e a administração municipal.
A paralisação começou oficialmente na última sexta-feira (24), após assembleia que contou com a participação de representantes de cerca de 80 unidades escolares da cidade. Desde então, aproximadamente 70 escolas confirmaram adesão ao movimento, que não tem prazo para ser encerrado.
Entre os principais pontos da pauta estão: reajuste do piso salarial do magistério, concessão de auxílio-alimentação e auxílio-saúde no valor de R$ 1 mil, garantia da hora-atividade prevista em lei e respeito aos direitos trabalhistas.
O Sinteac afirma que, apesar de diversas tentativas de diálogo, a Prefeitura de Rio Branco ainda não apresentou propostas concretas para atender aos pedidos da categoria.
O prefeito Tião Bocalom (PL) tem criticado a greve e atribuído o movimento a motivações políticas. Em entrevista recente, afirmou que a gestão vem cumprindo seus compromissos financeiros com os professores e que o município paga “um dos melhores salários da região Norte”. Segundo ele, a paralisação não contribui para o avanço da educação municipal.
O secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, declarou que a Prefeitura está disposta a continuar o diálogo, mas classificou a greve como “precipitada”. Bestene ressaltou os esforços em negociação e alertou para os impactos negativos da paralisação na rotina das crianças e das famílias.
Até o momento, a paralisação atinge cerca de 70 escolas na capital, comprometendo o andamento das atividades pedagógicas. A Secretaria Municipal de Educação ainda não informou se haverá medidas para compensação dos dias paralisados.