O acidente ocorrido em 17 de abril, na Via Verde, em Rio Branco, que resultou na morte de três pessoas, tem gerado controvérsia após familiares e colegas das vítimas contestarem a identificação do condutor de uma das motos no laudo pericial da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com o relatório oficial, uma caminhonete Ford Ranger teria perdido o controle ao fazer uma curva, invadido a pista contrária e colidido lateralmente com três motocicletas. O documento indica que Macio Pinheiro da Silva conduzia uma das motos, acompanhado por Carpegiane de Freitas Lopes como passageiro. Ambos, junto com outro motociclista, morreram no acidente.
Entretanto, familiares do homem contestam essa informação. A sobrinha dele afirmou que “Nunca dirigiu, nem bicicleta sabia dirigir. Ele tinha medo até de ser passageiro em moto. Quem estava dirigindo a moto era o Carpegiane”. Ela acrescentou que o laudo pode ter sido elaborado sem o estudo adequado: “Literalmente um laudo feito por pessoa inexperiente, que não averiguou a cena e colocou o que achou que tinha acontecido”.
A empresa onde as vítimas trabalhavam reforçou a versão da família. O diretor afirmou que “Macio não pilotava moto, não tinha habilitação e nunca teve autorização pra dirigir. Inclusive as imagens das câmeras de segurança mostram Macio saindo na garupa”. Segundo ele, as imagens confirmam que Macio deixou o local como passageiro.
Por outro lado, a Polícia Rodoviária Federal reconheceu a existência das imagens, mas sugeriu que os ocupantes poderiam ter trocado de posição durante o trajeto: “Se tem essa imagem da saída da empresa, não significa que os ocupantes continuaram todo o trajeto na mesma configuração. O que a equipe de local verificou através da análise da dinâmica do acidente é que ele o Macio era o condutor. Se a empresa VIP quiser tentar fazer alguma retificação ou reparo no relatório, é um fato que tem que ser colocado, mas isso não implica na causa do acidente”.