Mais de 60% da água potável produzida no Acre se perde antes de chegar às residências. É o que mostra um levantamento do Instituto Trata Brasil com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. Segundo o estudo, o índice de perda na distribuição chega a 62,25%, colocando o estado entre os piores do país nesse quesito.
Além do elevado desperdício, a pesquisa aponta que apenas 49,69% da população acreana tem acesso à água tratada. Ou seja, mais da metade dos moradores ainda depende de soluções alternativas ou irregulares para obter o recurso básico.
O consumo médio de água no estado é de 171,65 litros por habitante por dia. No entanto, a perda no faturamento — que considera a diferença entre o volume de água produzido e o efetivamente pago — atinge 71,02%.
Os dados também revelam a precariedade dos serviços de esgotamento sanitário. Apenas 8,75% da população conta com coleta de esgoto, e o índice de tratamento em relação à água consumida é de 22,79%.