Durante sessão realizada nesta quarta-feira, 21, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os deputados estaduais Edvaldo Magalhães e Fagner Calegário denunciaram a morte da gestante Ana Cleide Cruz, 39 anos, na Maternidade, em Cruzeiro do Sul, e cobraram providências da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).
A mulher, que estava grávida de sete meses, deu entrada na maternidade da cidade na última quinta-feira, 15, após o rompimento da bolsa. Em um vídeo exibido pelo parlamentar durante a sessão, a vítima aparece relatando por meio de áudios à família que estava sendo negligenciada pelos profissionais da unidade hospitalar.
“Ela disse que estava se sentindo muito mal, com sinais de infecção, e que mesmo falando com os médicos, ninguém a escutava. Essa mãe morreu junto com sua filha, implorando por uma cirurgia que não foi feita a tempo”, relatou o deputado Edvaldo Magalhães.
Diante da gravidade do caso, Magalhães fez um requerimento oral pedindo que o procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro, compareça à Aleac para prestar esclarecimentos junto com representantes da promotoria de saúde. “Ou as instituições de controle atuam com firmeza ou outros óbitos continuarão a acontecer”, alertou.
O deputado Fagner Calegário reforçou as críticas e lamentou que casos como esse estejam se tornando frequentes no sistema de saúde estadual. Em sua fala, ele leu trechos do juramento médico que destaca o respeito à vida humana e pediu investigação imediata sobre a conduta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesacre).
“Nós não podemos tratar isso como um episódio isolado. Nós não podemos fazer de conta que foi apenas mais um ciclo que se encerrou aqui nesse plano. Nós precisamos saber o que está acontecendo na Sesacre. Cadê a eficiência dessa gestão? O governador que foi conhecido por salvar vidas na pandemia, hoje pode ser o ceifador, por conta do que vem acontecendo na Secretaria de Saúde. A gente precisa investigar algumas coisas dentro da Sesacre”, afirmou.
Calegário também protocolou requerimento solicitando que o caso seja encaminhado ao Ministério Público Estadual.