O Acre registrou um crescimento nas consultas por síndromes gripais nas primeiras semanas de 2025. De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), entre as semanas epidemiológicas 1 e 18, foram contabilizados 8.515 atendimentos nas três unidades sentinelas do estado.
Esse número supera o total registrado no mesmo período de 2024, quando foram realizadas 8.353 consultas por síndromes gripais, segundo dados oficiais da Sesacre.
O levantamento também aponta uma mudança no perfil das pessoas mais acometidas por doenças respiratórias agudas. Em 2024, a maioria dos casos estava concentrada em adultos jovens, entre 20 e 29 anos. Já em 2025, a faixa etária mais afetada passou a ser de 20 a 39 anos.
Os exames laboratoriais realizados neste ano indicam a presença predominante dos vírus SARS-CoV-2, Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A (não subtipado) e Influenza B em circulação no estado.
Em relação aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), os números de 2025 estão dentro do esperado: foram notificados 872 casos nas primeiras 18 semanas do ano. Esse dado é semelhante ao de 2024, que teve 920 casos, e superior ao de 2023, com 669 registros.
Situação preocupa na pediatria
Na capital, Rio Branco, a situação é mais delicada no atendimento pediátrico. O aumento dos casos de SRAG em crianças tem pressionado a rede hospitalar, deixando os leitos de UTI e de enfermaria do Hospital da Criança próximos da ocupação total.
Segundo o painel de monitoramento da Sesacre atualizado nesta quarta-feira (7), dos 20 leitos de UTI pediátrica, apenas três estavam disponíveis. Já entre os 50 leitos clínicos de enfermaria, somente um permanecia vago.
A maior parte dos casos está associada ao Vírus Sincicial Respiratório, principal responsável pelo aumento nos casos de bronquiolite — uma infecção que atinge especialmente bebês com até dois anos de idade.
Para tentar conter a demanda, a Sesacre abriu 20 novos leitos de UTI semi-intensiva e mais 10 de enfermaria no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC).
Com informações O Rio Branco