sábado, 31 maio 2025

Acre tem a pior inserção econômica de jovens do país, aponta levantamento

Por Aikon Vitor, da Folha do Acre

Com apenas 69,8% dos jovens entre 15 e 29 anos estudando ou trabalhando, o Acre ocupa a última posição no ranking nacional de inserção econômica da juventude. O dado, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com base em informações do IBGE, revela que o estado enfrenta sérios entraves para garantir oportunidades aos jovens em idade produtiva.

O indicador considera a proporção de jovens inseridos economicamente — ou seja, que estudam, trabalham ou fazem ambas as coisas — em relação ao total da população nessa faixa etária. O Acre aparece na 27ª colocação entre as 27 unidades da federação, atrás de Alagoas (70,2%) e do Maranhão (70,6%).

Entre os estados da Região Norte, nenhum aparece entre os dez primeiros colocados do país. O Amazonas é o mais bem posicionado da região, na 15ª colocação, com 76,9% dos jovens inseridos economicamente. Em seguida vêm Roraima (75,7%), Tocantins (75,6%) e o Pará (75,3%). Amapá (26º lugar) e Rondônia (13º) completam o quadro regional.

A média nacional, liderada por estados do Sul e Sudeste — como Santa Catarina (88,7%), Rio Grande do Sul (87,4%) e São Paulo (84,9%) —, evidencia a distância entre os extremos do país. A diferença entre o Acre e o líder do ranking chega a quase 19 pontos percentuais.

A inserção econômica dos jovens é um dos indicadores que compõem o pilar de Capital Humano do Ranking de Competitividade dos Estados. A métrica é considerada fundamental para o desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades regionais.

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