A violência letal segue desafiando as forças de segurança no Acre. Dados divulgados por uma nova plataforma da Polícia Civil revelam que, no primeiro trimestre de 2025, o Estado registrou 40 mortes por assassinato. A maior parte das vítimas era do sexo masculino: 38 homens e apenas duas mulheres.
O sistema, lançado recentemente, apresenta informações detalhadas sobre ocorrências relacionadas a mortes violentas, com filtros por tipo de crime e local. Além dos homicídios, é possível acessar dados sobre feminicídios, latrocínios, suicídios, mortes por intervenção policial, acidentes de trânsito e assassinatos de profissionais da segurança pública.
A capital Rio Branco aparece como o município com o maior número de homicídios no período: 22. Em segundo lugar está Cruzeiro do Sul, com cinco casos. Também há registros em outras nove cidades: Brasiléia, Feijó, Jordão e Sena Madureira (com dois casos cada); e Assis Brasil, Capixaba, Porto Acre, Rodrigues Alves e Xapuri (com um caso cada).
Março foi o mês mais violento, com 19 homicídios contabilizados. Em janeiro, foram 13 e, em fevereiro, oito. Em relação ao meio empregado, a maioria dos assassinatos (57,5%) foi cometida com arma de fogo. Em 10% dos casos, os autores usaram armas brancas.
A motivação dos crimes também foi levantada. A disputa entre facções criminosas aparece como principal causa, com 14 casos associados a essa dinâmica. Doze assassinatos ainda estão sob investigação. Os demais foram motivados por razões fúteis (12), legítima defesa (1) ou envolvimento passional (1).
Com a nova ferramenta, a Polícia Civil espera ampliar a transparência e auxiliar na formulação de estratégias para o combate à violência no Estado.